A baderna eleitoral
Não vale a pena contar a estória já muitas vezes contada. Apenas para efeitos de intendência, registe-se a pouca-vergonha dos ocupantes das instituições do Estado sucial, começando pelo governo, continuando pela Comissão Nacional de Eleições, pelos partidos e terminando em S. Exª, todos com as suas bocas sempre balbuciando respeito e encómios à Constituição, que fintaram com expedientes de chico-esperto (sendo certo que no mundo digital em que vivemos o processo de identificação previsto é obsoleto), e aos emigrantes que foram insultados pela anulação dos seus votos.
A Justiça do Estado sucial não é cega. É apenas zarolha
Por um lado, um jovem estudante perturbado é tratado como um terrorista da Jihad pela PJ, o director aproveita-se para se promover e S. Ex.ª para fazer uma selfie com himself. Por outro lado, temos um imigrante senegalês, que até poderia ter sido sufista militante da Jihad no Senegal, a quem foi concedida nacionalidade portuguesa, a insultar impunemente 20 deputados do parlamento português chamando-lhes "suínos" e "fascistas-racistas-neoliberais", depois de já ter incitado a “matar o homem branco” e de chamar à polícia "bosta da bófia".
Choque da realidade com a Boa Nova
Faz agora três anos, o Dr. Costa entregou ao seu então delfim Dr. Medina o edifício onde se situava o ministério da Educação, na avenida 5 de Outubro em Lisboa, para alojamentos de estudantes, parte de um grandioso Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior. Três anos depois, está tudo na mesma e o governo anunciou agora que em 2026 o edifício estará pronto para receber umas centenas de estudantes o que abrirá a oportunidade ao sucessor do Dr. Costa de fazer novo anúncio por ocasião das eleições de 2026.
A startup que é um stop down
Por falar no Dr. Costa e no Dr. Medina, a Startup Lisboa foi criada pelo Dr. Costa em 2011, enquanto estagiava na câmara de Lisboa, para chocar os ovos das legiões de startups que iriam seguir-se. A chocadeira iria ser no Hub Criativo do Beato, na antiga Manutenção Militar, que estaria pronta em 2019 para a primeira fornada de pintos, onde três anos depois o actual presidente Carlos Moedas iria lançar a sua anunciada Fábrica de Unicórnios. Desde então, foi sendo torrado dinheiro, foram falindo vários empreiteiros e anunciadas adesões para ocupação de escritórios seguidas de desistências. No mundo real a primeira coisa que ficará pronta no trimestre corrente é o espaço de restauração (juro que é isto que o Expresso escreveu).
«Sont les mots qui vont tres bien ensemble»
A caminho do socialismo
Em apenas 6 anos, de 2016 a 2021, o Dr. Costa e a sua trupe acrescentaram 74.351 utentes aos efectivos da vaca marsupial pública. É obra.
Jobs for the boys
+ Liberdade |
Os boys não foram esquecidos e o Dr. Costa aumentou em 1/3 os lugares para os camaradas.
Choque da realidade com a Boa Nova
Após quase dois anos de tentativas de reprivatização, a EFACEC é um exemplo de zombie estatal a trabalhar a metade da sua capacidade, as encomendas de 2019 e 2020 ainda não entregues, a dívida a crescer e as chances de sobreviver à tutela estatal a diminuírem.
Ainda não é o mafarrico, mas já se sente o cheiro das brasas
O custo do trabalho aumentou 2,5% em 2021 (INE). Quanto à produtividade ainda não há dados mas provavelmente aumentou muito menos, como costuma.
O custo do trabalho aumentou 2,5% em 2021 (INE). Quanto à produtividade ainda não há dados mas provavelmente aumentou muito menos, como costuma.
Em consequência da inflação, os juros do crédito para habitação irão subir e segundo as estimativas do Expresso as prestações médias mensais subirão 18 euros este ano e 38 euros no próximo ano. No vosso lugar apostaria num múltiplo desses valores porque as projecções da inflação cheiram a wishful thinking.
Entretanto, os novos créditos ao consumo aumentaram o ano passado 11,5% para 7,6 mil milhões de euros, muito próximo dos montantes de 2019.
As notícias do turismo são boas, comparando-as com as más
As boas notícias são que os números de voos, de passageiros e de dormidas aumentaram imenso em 2021, respectivamente para 132 mil (mais 32%), 25,6 milhões (mais 39,3%) e 37,5 milhões (mais 45,2%). Comparativamente com o ano "normal" de 2019, os números tiveram quebras de 42%, 57,4% e 46,6%, respectivamente. (Fonte INE)
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