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29/11/2020

CASE STUDY: Os erros do passado geram erros no futuro. O fecho da central de Sines é uma sequela das políticas socialistas da energia

«A central a carvão de Sines é a maior e a mais eficiente da Península Ibérica.

Com o custo atual do carvão no mercado internacional, a central de Sines está em condições de produzir eletricidade a menos de 40 euros/MWh.

Mesmo com as taxas de carbono agora aplicadas pelo Governo português, e os novos impostos sobre o carvão, o custo desta eletricidade fica muitíssimo abaixo dos 380 euros/MWh que os consumidores portugueses estão condenados a pagar até 2028 pelos 600 MW de potências fotovoltaicas intermitentes a quem o Governo Sócrates concedeu umas simpáticas FIT – feed-in tariffs.

Assim, é extraordinário que a proprietária desta central, que é a EDP, pretenda encerrá-la já em 2021, e conte para isso com o apoio entusiástico do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, e do secretário de Estado da Energia, João Galamba.

Só que as razões pelas quais a EDP quer encerrar Sines, e assim deitar ao lixo centenas de milhões de euros, não têm nada a ver com a competitividade em mercado da respetiva eletricidade.

A EDP quer fechar a central de Sines porque esta tem de enfrentar as FIT concedidas pelo Governo Sócrates a 7000 MW de potências elétricas intermitentes, eólicas e fotovoltaicas, e que têm a capacidade legal de a expulsar do mercado.

Sim, a eletricidade produzida a menos de 40 euros/MWh pode ser expulsa do mercado para o consumidor ser obrigado a pagar 380 euros/MWh de eletricidade produzida através duma FIT duma central fotovoltaica!»

Continue a ler «Da central de Sines ao hidrogénio: um atentado à economia de Portugal» de Clemente Pedro Nunes, professor do IST e especialista em energia, a quem o analfabeto Galamba, em tempos valet de chambre do animal feroz, apelidou de «aldrabão» 

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