Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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02/07/2020

Aprendam. É assim que as coisas se fazem desde que os comunistas soviéticos inventaram o agitprop


A estória é conhecida. Tudo começou quando um@ daquel@s imbecis da identidade dos 71 géneros escreveu qualquer coisa sobre «pessoas que menstruam». De seguida J. K. Rowling, a criadora de Harry Potter, arvorou-se em impertinente e, esquecendo que tinha um negócio a defender, brincou com a imbecilidade escrevendo que essas pessoas que menstruam costumavam chamar-se mulheres. Açulou, assim, inadvertidamente a tropa do politicamente correcto (PC) que enxameia as redes sociais e, cada vez mais, os jornais.

O incêndio propagou-se rapidamente e até a sua editora hesitou em publicar o último dos seus livros. Contudo, a tropa do PC e em particular a brigada LGBTIQQAAP não estava ainda satisfeita e queria atingir Rowling onde lhe dói mais: as vendas dos seus livros.
 
Era pois necessário criar uma reacção "viral" que infectasse as livrarias. Como? Um outro imbecil de nome Jarek Steele, «writer, bookseller, tree whisperer in variable order according to my whim», condenou a "transfobia" e declarou solenemente que a sua incógnita e merdosa livraria deixaria de vender os livros da Rowling. Segue-se o inevitável incêndio da redes sociais soprado pela tropa do PC e o jornalismo de causas em geral, na esperança que mais livrarias adiram ao justo repúdio da obra da pérfida Rowling e, acima de tudo, que isso sirva de lição os escritores adeptos do cis-heteropatriarcado.

Identitários de todo o mundo, ide catar os piolhos púbicos que infestam as vossas promíscuas genitálias! Vou já encomendar Harry Potters para oferecer aos netos dos amigos (os meus netos já estão devidamente fornecidos).

2 comentários:

Afonso de Portugal disse...

O problema é que a fulana merece inteiramente o que lhe está a acontecer. Ela alimentou esta gentalha ao longo dos anos.

Durante a "crise dos refugiados" por exemplo, ela criticou ferozmente todos aqueles que estranharam a vinda de tantos homens em idade militar para a Europa. Chamou-lhes de tudo e defendeu a ideia de que protestar contra os refujiadistas era um crime de ódio e devia ser punido como tal.

E quando a Emma Watson, a actriz que deu corpo à namoradinha do Harry Potter, se declarou feminista, a Sr.ª Rowling não hesitou em aplaudi-la.

Agora o feitiço virou-se contra a feiticeira. É muito bem feito. Todos aqueles que defendem o radicalismo da "justiça social" deviam acabar assim., a experimentar o seu próprio veneno.

Unknown disse...

A importância que esta reduzida secção, da já de si reduzida península asiática, crismada Europa,
se dá a si mesma...
Umbiguismo mais que cego...
Aparentemente um "fait-divers" de somenos importância está a passar-lhe totalmente ao lado : entronização, com aclamação popular, do Czar de todas as Rússias - e com o fervoroso/místico aplauso da Igreja Ortodoxa.
A História e o seu eterno retorno...e as suas habituais consequências...