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Enquanto isso, o ex-ministro das Finanças Silva Lopes, hipoteticamente inspirado por N. Senhora, acha muito bem o corte nas pensões porque «não há outro remédio» e «a geração grisalha não pode estar a asfixiar a geração nova da maneira como tem feito até aqui.» Mais um para juntar à lista dos inimigos do povo.
Aditivos:
Possivelmente também inspirado em N. Senhora, Vítor Gaspar, o abençoado, para uns, e amaldiçoado, para outros, ministro das Finanças, garantiu que «relativamente à questão muito importante dos depósitos bancários, foi absolutamente claro que a garantia de depósitos abaixo dos 100 mil euros é sacrossanta, reforçando que a expressão que foi usada e repetida é sacrossanta.» Deve ser matéria de fé, porque se o sistema bancário se desmorona, com a dívida pública nas alturas em que se encontra, e sempre a crescer, só mesmo N. Senhora poderia compensar com indulgências as largas dezenas de milhões de euros aos depositantes.
Se para uns é matéria de fé, o caso das capacidades preditivas dos economistas tele-evangélicos da Louçã School of Economics que antecipam que a Holanda se afundará colapsando o euro, é mais matéria leiga, talvez inspirada pelo oráculo de Delfos. Que outra fonte poderia ser a de quem não conseguiu antecipar a falência do Estado português e a atribuiu às mesmas causas do sindicato dos motoristas de táxis: capitalismo de casino, agências de rating, Alemanha, troika e, mais recentemente, àquele último senhor das garantias sacrossantas?
1 comentário:
Desculpe a ordinarice: paneleiros.
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