Confesso ter ficado ainda mais preocupado do que quando escrevi este post ao ler uma meia dúzia de artigos com títulos do tipo «Eurodeputados querem proteger depósitos acima de 100 mil euros».
E porquê? Ora, porque bem poderia ser que os eurodeputados pretendessem serem os contribuintes a pagar a falência dos bancos, segundo o modelo socrático-teixeirense, pagamento que no caso do BPN vai ser maior do que o défice das contas públicas. Fiquei tão preocupado que quase me dispus a ler um documento de 60 páginas em europês intragável, baptizado «Banking Union: The Single Resolution Mechanism - Monetary Dialogue, 18 February 2013, Compilation of Notes».
Quase li, porque, vencido pelas primeiras páginas do pernóstico texto, fiz a agulha para apenas o folhear até concluir, talvez apressadamente, que afinal as criaturas não pretendem que os contribuintes contribuam com o seu dinheiro extorquido pelo Estado para poupar os grandes depositantes. Em vez disso, parecem pretender que os grandes depositantes suportem a sua parte na sua vez, isto é depois dos accionistas e dos obrigacionistas criticando o modelo socrático-teixeirense. Leia-se esta conclusão:
«The best resolution mechanism will not work properly if the competent authorities continue to follow the principle that no bank should ever be allowed to fail, and that most creditors (including senior unsecured and large depositors) should always be guaranteed full payment. If this practice continues, investors will not price the risk of banks properly. The actual practice in resolution followed today is thus more important than the bail-in regime formally enshrined in legislation.»
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
18/05/2013
ARTIGO DEFUNTO: Espero bem que os eurodeputados repudiem o modelo socrático-teixeirense
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário