A medida mais fácil é a mais cara: mandar para casa um quarto ou terço dos utentes, pagar reforma aos mais velhos e subsídio de desemprego aos mais novos, para acabar a substituí-los gradualmente nos anos seguintes por outros tantos.
A medida mais barata é a mais difícil: seguir o conselho do engenheiro José Tribolet do INESC, e gradualmente reformar ou despedir os utentes excedentários.
Mas parece haver a terceira via. A publicação recente de um estudo, que incidiu sobre 2.197 funcionários públicos britânicos e durou 20 anos, reuniu indícios que uma vida profissional monótona, sem perspectivas, com pouca exigência e pouco auto-controlo, com sujeição a uma organização estúpida e a chefes incompetentes poderá aumentar significativamente o risco de acidentes vasculares.
Se for assim, nomeia-se já uma comissão para estudar a alteração de meia dúzia de pormenores no estatuto das carreiras, na regulamentação dos concursos e dos processos de nomeação dos funcionários públicos com vista a garantir uma maior eficácia e a maximizar a taxa de AVCs. Em duas legislaturas os resultados são garantidos.
Esperando a reforma ou o AVC?
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