Não se pode esperar grande coisa duma classe política que tem «senadores», como o doutor Almeida Santos, que já foi ministro, presidente da AR e é o actual presidente do PS, que justifica o tráfico piolhoso na constituição das listas de deputados numa entrevista à Antena 1 explicando que os candidatos, além dos motivos habituais («
destaque, relevo e projecção» e uma sinecura, acrescento eu), são vítimas dum «
fenómeno psicológico curioso»:
«vir 3 ou 4 dias por semana a Lisboa permite uma liberdade, nomeadamente conjugal, que é muito sedutora».
[lido no editorial «A liberdade conjugal dos deputados da Nação» de João Vieira Pereira, no Semanário Económico de 28-01]
A mim parece-me bastante mais difícil admitir a existência deste «
fenómeno psicológico curioso» do que falar abertamente dos boatos a que se referiu o
doutor Coelho nas suas redondilhas.
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