Há dias escrevi «que os portugueses não querem reformas é coisa que até um cego poderia ver». Inocente, pensava que era uma sentença chocante e politicamente incorrecta. Erro meu.
Longe de ser chocante, foi a premissa básica de Luís Paixão Martins, o spin doctor da campanha do engenheiro Sócrates, que revelou à TSF como foram criados os «argumentos, imagens e peças de comunicação que foram sendo testadas em focus group». Isso explica, segundo ele, que «o desemprego apareceu destacado como a grande prioridade, enquanto uma questão como a justiça foi remetida para segundo plano. Aliás os portugueses não querem as tão faladas reformas políticas se elas trouxerem instabilidade à sua vida.»
Agora, filhos, ides descansar durante quatro anos (talvez menos, talvez mais) no sossego da estabilidade. Depois entrareis em depressão.
Carpe diem.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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