Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

14/02/2011

Pode o benefício da dúvida evoluir para o prejuízo da certeza? (3)

[Continuação de (1) e (2)]

Os jornais continuam a escarafunchar nas águas turvas do caso SLN-BPN tentando apanhar Cavaco Silva na rede. Em rigor, é mais para o manter na rede, porque apanhado já foi. Mais uns pregos no caixão da dúvida foram as declarações em tribunal dum inspector tributário contando que «em Março de 2001, Oliveira Costa comprou 1,7 milhões de acções do banco a um off-shore do grupo, a 2,10 euros cada, tendo no mês seguinte, do mesmo lote de "acções próprias", vendido a um particular, 250 mil, a um euro cada, o que tem implícita uma perda de 275 mil euros». Apesar do número de acções e da data serem compatíveis com a compra por Cavaco Silva, «nem os advogados, nem o Ministério Público, nem o juiz, inquiriram a testemunha sobre quem era o particular "desconhecido"», acrescenta sibilinamente o Público.

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