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04/01/2006

O IMPERTINÊNCIAS FEITO PELOS SEUS DETRACTORES: o terrorismo é igual em todo o lado

Boa tarde e bom ano, antes de mais.
Visitei o HonestReporting e subscrevo inteiramente. Com a ressalva de que, quando dizem que o mundo já não dá cobertura ao terror excepto se for em Israel, não é bem assim. Explico: é um facto, os ataques terroristas perpetrados em Israel são sempre obra de activistas, membros de brigadas x ou y, jovens palestinianos revoltados, etc. São sempre respostas "legítimas" à "agressão" israelita. Mas veja lá se no Iraque não é semelhante: eles são insurgentes, activistas, lutadores, em suma, angry men. Jamais terroristas ou bombistas. Aliás, parece que a BBC recomenda aos seus jornalistas a não utilização destes termos "impertinentes".
Perante isto, a mim, só me apetece dizer que estou farta desta ditadura dos politicamente correctos nos virem dizer que esta "pobre gente" foi "empurrada" para estes comportamentos "anti-sociais" (É a muita miséria - Soares dixit).
Já desabafei. Menos mau.
Cumprimentos impertinentes,
RMR


Um bom ano também para si.
Sim, sem dúvida, trata-se igualmente de terrorismo. Mais rigorosa do que a definição do Merriam-Webster's Dictionary of Law, citada pelo HonestReporting, é a Academic Consensus Definition, que faz parte das Proposed Definitions of Terrorism adoptadas pela ONU e ressalta a questão crucial das vítimas do terrorismo serem instrumentais em relação aos alvos principais, um dos aspectos mais odiosos do terror.

«Terrorism is an anxiety-inspiring method of repeated violent action, employed by (semi-) clandestine individual, group or state actors, for idiosyncratic, criminal or political reasons, whereby - in contrast to assassination - the direct targets of violence are not the main targets. The immediate human victims of violence are generally chosen randomly (targets of opportunity) or selectively (representative or symbolic targets) from a target population, and serve as message generators. Threat- and violence-based communication processes between terrorist (organization), (imperilled) victims, and main targets are used to manipulate the main target (audience(s)), turning it into a target of terror, a target of demands, or a target of attention, depending on whether intimidation, coercion, or propaganda is primarily sought» (Schmid, 1988).

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