«Este governo não há de cair - porque não é um edifício. Tem de sair com benzina - porque é uma nódoa!»
Eça de Queirós, O Conde d'Abranhos / A Catástrofe
«Em Caminha, um empreendedor chamado Ricardo Moutinho convenceu há dois anos o presidente da câmara, Miguel Alves, a avançar para a construção de um Centro de Exposições Transfronteiriço (CET), da seguinte forma: a empresa de Moutinho (a Green Endogenous) construía o centro, a câmara ficava a pagar 25 mil euros por mês durante 25 anos (total: 7,5 milhões), e à cabeça avançava logo com 300 mil euros, correspondentes à renda do último ano de contrato.
Problema: Miguel Alves garantiu publicamente que a empresa promotora do CET era de confiança, já que tinha “experiência na construção e exploração de equipamentos semelhantes". Só que não tinha: a Green Endogenous foi formada oito meses antes do negócio com a câmara e tem como único accionista o próprio Ricardo Moutinho, com um longo historial na criação de empresas inactivas, e que ainda por cima foi apresentado na vila com um currículo falso. A construção do CET ainda não arrancou e ninguém sabe se arrancará.
Explicações para isto? Zero. E como é possível? Graças a uma cultura de irresponsabilidade política, que se agrava de ano para ano. Só mesmo numa república das bananas é que um secretário de Estado pode ser confrontado com suspeitas deste calibre e uma semana depois continuar escondido e caladinho, com o país indiferente ou conformado.»
O respeitinho é muito bonito, João Miguel Tavares no Público
Problema: Miguel Alves garantiu publicamente que a empresa promotora do CET era de confiança, já que tinha “experiência na construção e exploração de equipamentos semelhantes". Só que não tinha: a Green Endogenous foi formada oito meses antes do negócio com a câmara e tem como único accionista o próprio Ricardo Moutinho, com um longo historial na criação de empresas inactivas, e que ainda por cima foi apresentado na vila com um currículo falso. A construção do CET ainda não arrancou e ninguém sabe se arrancará.
Explicações para isto? Zero. E como é possível? Graças a uma cultura de irresponsabilidade política, que se agrava de ano para ano. Só mesmo numa república das bananas é que um secretário de Estado pode ser confrontado com suspeitas deste calibre e uma semana depois continuar escondido e caladinho, com o país indiferente ou conformado.»
O respeitinho é muito bonito, João Miguel Tavares no Público
1 comentário:
O "Marrocos de Cima" no seu melhor : gatunagem oficiosa, oficial e ...governamental.
E fizemos escola : olhem o Lula...
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