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05/06/2020

Racismo é o que os "activistas" e os jornalistas de causas quiserem

A narrativa do «bom gigante» afro-americano George Floyd assassinado por um polícia racista, pode ser muito apelativa para "activistas" e jornalistas de causas, mas tem pouca aderência à realidade.

Vejamos alguns factos. George Floyd foi condenado em 2009 a 5 anos de prisão por assalto à mão armada a uma residência, comprou cigarros usando uma nota falsa, e parecia descontrolado, segundo o empregado do supermercado que chamou a polícia. 

A polícia chegou e após longos minutos e várias peripécias (aqui relatadas em detalhe), Floyd foi arbitrariamente imobilizado por Derek Chauvin que o sufocou até à morte. A autópsia de Floyd revelou infecção por Covid-19, e consumo do opióide fentanil e de metanfetamina, uma droga sintética estimulante. (fonte NBC) «Bom gigante» é bom para fazer títulos mas parece pouco apropriado. Derek Chauvin foi imediatamente expulso da polícia, preso e acusado de homicídio.

Nos dias imediatos, em muitos Estados americanos, foram organizadas violentas manifestações a pretexto do homicídio de George Floyd. Um pouco por todo o mundo os "activistas" mobilizaram-se em protesto contra o que chamam "racismo", com ampla cobertura das suas narrativas pelo jornalismo de causas. 

Vejamos os números de pessoas mortas pela polícia americana desde 2017.

Statista
Evidentemente, que o número de americanos brancos é muito maior ao de negros, e por isso a taxa de mortalidade pela polícia é claramente superior no caso dos negros. Mas será por serem negros? Ou será principalmente porque a pobreza e a criminalidade se correlacionam e afligem mais os negros? Acrescente-se que, segundo a jornalista negra Candace Owens (citada por Henrique Monteiro), em 2018 quase 90% dos negros foram mortos por polícias negros.

Neste contexto, a narrativa racista não tem grande consistência e parece mais um pretexto para exacerbar o racismo latente em todo lado. 

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