Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

23/04/2020

Sugestões de protestos do Estado português

A propósito de «a China (que) protesta por todo o mundo por se chamar “vírus da China” a um vírus que apareceu na China», Helena Matos propõe uma lista de protestos e entre eles um único protesto do Estado português que «pensa em pensar na hipótese hipotética de apresentar uma proposta prévia e provisória de decisão na ONU para se ponderar pensar mudar o nome da “caravela portuguesa”, um bicho gelatinoso do alto mar, para “alforreca portuguesa”.».

A lista parece-me óptima, mas pouco patriótica porque haverá certamente muito mais protestos justos do lado português. Por agora, estou a lembrar-me do «fazer de português» («fare il portoghese») com que os italianos nos insultam para designar os borlistas. Tudo porque em 1716 houve uns italianos que se quiserem fazer de portugueses para entrar à borla nas festas durante a embaixada que D. João V enviou ao papa Clemente XI.

Neste caso em concreto, o protesto junto do Estado italiano é urgente, antes que o repugnante Senhor Wopke Hoekstra, o ministro das Finanças holandês, aproveitando o peditório dos coronabonds / mutualização da dívida, se lembre de meter-nos a nós, aos italianos e espanhóis no mesmo saco dos portoghesi. Infelizmente, deixámos passar o Brexit e perdemos a oportunidade de fazer o protesto para «inglês ver».

1 comentário:

Ricardo A disse...

Entretanto a gripe "espanhola" continua a ser conhecida por espanhola apesar de não ter começado na Espanha.(consta que os brancos europeus,ou latinos morenos vá,não têm direito ao revisionismo histórico,é um privilégio dos não brancos/morenos europeus)