Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

18/02/2016

Lost in translation (264) – Os lamentos de Costa em português coloquial

«Tenho de lamentar a forma como o Banco de Portugal tem vindo a arrastar uma decisão sobre esta matéria, a impedir que rapidamente esta solução proposta pelo Governo e aceite pela maioria dos lesados do BES pudesse estar implementada. E tenho esperança que tão rapidamente quanto possível, o BdP assuma a postura responsável que todas as entidades públicas, como o Estado e a CMVM, ou privadas como o BES ou Novo Banco estão disponíveis para assumir», disse António Costa em Aveiro.

Tradução em português coloquial:
Estou muito satisfeito por poder fazer de Carlos Costa um bode expiatório, com duas vantagens: (1) não o podendo demitir, tenho esperança que ele se demita e deixe o lugar vago para um sucedâneo do Vítor que agora está em Frankfurt; (2) enquanto ele empalear a coisa mais se queima e vai-se adiando o pagamento da factura que no fim do dia vai ser cobrada aos mesmos (espero que alguns deles votem em mim na próximas eleições).

Comentário:
O que Costa está a fazer com o Banco de Portugal, uma instituição cuja credibilidade é indispensável para a confiança no sistema bancário, confiança já abaladissíssima, e que, por isso, deveria estar fora da luta política, mostra sua total irresponsabilidade e, se já seria difícil aceitar de um chefe de facção, é inaceitável de um primeiro-ministro.

2 comentários:

Unknown disse...

Este 1º ministro estã-se a tornar num caso tão grave como o do socrates.Espero que quem possa o trave antes do desastre.

Anónimo disse...

Ninguém o trava, não.
O complexo de colonizado nunca lhe passará.
E tem que defender as suas economias, agora e vindouras (lagarto,lagarto).