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Reavivando as memórias, recorde-se que as reivindicações da corporação na origem do golpe militar residiam no descontentamento entre os oficiais do quadro por estarem a ser promovidos a capitães oficiais milicianos na segunda vez que eram mobilizados para fazer o trabalho que os profissionais da Academia Militar não faziam. Recorde-se serem incorporados compulsivamente todos os soldados e serem milicianos a esmagadoras maioria dos sargentos e oficiais subalternos que no mato faziam a guerra. Não havia praticamente um comandante de pelotão que não fosse alferes miliciano. Contem-se as baixas e vejam-se quantos oficiais do quadro foram abatidos em combate.
Recorde-se ainda que a essa corporação de oficiais representada pelo coronel Vasco Lourenço se deve creditar o abandono das ex-colónias e a sua entrega ao comunismo tribalista que esteve na origem de guerras civis em Angola e Moçambique que se prolongarem por 3 décadas e fizeram muito mais vítimas do que a guerra colonial.
Declaração de interesse: depois de 39 meses a «servir a pátria» na retaguarda (fui um dos primeiros classificados do COM e a mobilização começava pelos últimos) estava na calha para ser mobilizado como capitão para uma das colónias. Fui salvo pelo gongo do 25 de Abril.
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