Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

11/05/2009

L’État c’est nous

Durante os exercícios de aquecimento da campanha para a câmara do Porto, em acumulação com a campanha para o parlamento europeu, a antiga ministra de António Guterres e actual candidata do PS nas eleições europeias e autárquicas, Elisa Ferreira, disse pelo menos duas coisas extraordinárias.

Corrigindo o lugar-tenente que a acompanhava na visita ao grupo desportivo local, que terá dito «primeiro a Dr.ª Elisa vai ao Parlamento Europeu», Elisa Ferreira esclareceu impromptu «vou só dar o nome e volto».

Aos velhinhos do lar que visitou a seguir, Elisa Ferreira explicou que «pintaram [a vereação de Rui Rio] os bairros, mas esqueceram-se de vos dizer que o dinheiro é do Estado, é do PS».

A naturalidade com que Elisa Ferreira se referiu nos termos em que o fez ao «volto» e à apropriação do Estado pelo PS, diz mais do que é PS de José Sócrates (ou de outros, que contudo teriam talvez um pouco mais de vergonha) do que todo o seu programa. Aliás o «volto» e o «estado do PS» fazem parte integrante da agenda cada vez menos escondida do PS.

[Lido aqui e visto primeiro no Insurgente]

Sem comentários: