Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

19/05/2009

CASE STUDY: por falar em défice de regulação, alguém se lembra do SOX?

Em seguida aos escândalos da Enron et al. que também fizeram cair a Arthur Andersen, a maior das majors da auditoria, o Congresso americano aprovou em 2002 o chamado Sarbanes-Oxley Act, um conjunto pesadíssimo de procedimento de auditoria e medidas de controlo interno que as empresas tiveram que implementar nos anos seguintes e que custaram milhões de milhões de dólares (*). Como escreve o WSJ, «its biggest beneficiaries have been the same accounting firms the law sought to punish and which have nonetheless been able to charge far more money for their services. The law also did nothing to detect problems with the ratings and valuation of subprime mortgaged-back securities

Felizmente, o Supremo americano decidiu há dias avaliar a constitucionalidade do SOX. Deus os ilumine, digo eu que sou agnóstico.

(*) Ver, por exemplo, «SOX Costs: Auditor Attestation under Section 404», que avalia o aumento médio por empresa dos custos de auditoria devidos ao SOX em USD 2,3 milhões. Para o conjunto das Fortune 1000 o aumento total dos custos de auditoria de 2003 para 2004 teria sido superior a USD 2 mil milhões.

Sem comentários: