Ainda antes de estar concluído o inquérito de Sue Gray, Second Permanent Secretary to Cabinet Office ao "partygate", inquérito cujas conclusões podem mandar Boris Johnson para reforma, um número indeterminado mas pelos vistos significativo de deputados está a entregar cartas de "não confiança" ao presidente do Comité 1922 (o equivalente aos nossos grupos parlamentares).
O que explica a rebelião desses deputados, muitos deles antes fervorosos apoiantes de BoJo, eleitos em 2019 pelas circunscrições das Midlands e do Norte conquistadas ao Partido Trabalhista, são as recentes sondagens que mostram o desagrado dos eleitores tradicionalmente trabalhistas pelo governo conservador (muito devido aos escândalos e ao estilo errático e fanfarrão de BoJo) prenunciando que em novas eleições esses lugares poderão ser perdidos.
É a diferença entre um sistema onde os deputados dependem dos eleitores e elegem os líderes, como no Partido Conservador ou participam num colégio eleitoral como no Partido Trabalhista, em contraponto a um sistema, como o do Portugal dos Pequeninos, onde os deputados dependem dos líderes.
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