Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

09/01/2022

A maldição da tabuada (58) - É um completo desaforo, mas também podem ser dificuldades com a aritmética

Outras botas para descalçar

«… o PS acaba de prometer fazer "crescer (o PIB) por ano, em média, ( ... ) um ponto percentual acima da média da zona euro (19 Estados- membros)". Mas também promete "reduzir, no mínimo, até 2026, o peso da dívida pública no PIB para valores inferiores 110%”. Imagine-se que os 19 Estados-membros crescem 1%. Nesse caso o PIB português deveria crescer 2%. Se a taxa de inflação média no período for de 2% a taxa nominal do PIB será de 4%. Mas para limitar a dívida a 110% do PIB o défice acumulado de quatro anos não pode ser superior a 1%! Sabem o que isso significa? Significa que temos de reduzir o défice quase imediatamente a zero logo em 2022! E para isso, o que vão fazer? Com promessas de despesa crescente o que nos vão rapar em impostos? Se prometem reduzir os impostos diretos e querem reduzir o consumo de combustíveis onde nos vão sugar os nossos rendimentos? Na eletricidade que carregam os automóveis elétricos? Nos consumos caseiros? Como? Como? Como?» 

«Como?», pergunta-se o prof João Duque na sua coluna habitual do Expresso

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