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09/01/2022

A pandemia como campo de batalha de crenças quase religiosas

De um lado os que consideraram gripezinha uma pandemia com uma taxa de letalidade várias vezes superior à da gripe comum. De outro os que anteciparam uma taxa de letalidade muitas vezes superior à que de facto se está a verificar e consideram a pandemia como uma ameaça existencial para a humanidade.

De um lado os que preconizam o uso de máscaras em todas as circunstâncias. De outro os que defendem que as máscaras são inúteis para prevenir um contágio que se faz principalmente através de aerossóis.

Também há os que perante a suposta ameaça existencial defendem a concentração de todos os recursos médicos e hospitalares no tratamento da pandemia, ainda que a realidade mostre que daí resulta um excesso de mortalidade por outras causas superior à mortalidade pela pandemia. 

De um lado os que, contra toda a evidência histórica, incluindo os resultados já disponíveis das vacinas Covid, defendem que as vacinas são uma emenda pior do que o soneto. De outro os que lhe atribuem efeitos miraculosos e que defendem a sua imposição a todos.

Também há os que, quando ainda não estão vacinados todos os adultos de risco, defendem que às crianças saudáveis, com um risco mínimo de adoecer com gravidade, lhes seja administrada uma vacina que, como qualquer outra, não impede o contágio .

Feitas as contas, receio que as criaturas cépticas, com um módico de bom senso e não prosélitos de nenhuma dessas crenças constituam uma insignificante minoria.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não faço a menor ideia se alguém tem dúvidas sobre a severidade da gripe Covídica ou se nega isto ou aquilo. É suposto as pessoas terem direito a uma opinião. Nos tempos que correm, pelos vistos isso é motivo de histeria.
Se a substância que andam a inocular, imuniza, porque tanto pavor dos que escolhem não a tomar?
Com tanta aldrabice debitada diariamente na comunicação social, foi preciso alguém da Pfizer vir confirmar que a imunização natural é muito superior à proporcionada pela substância e também mais duradoura. Isto era senso comum e ao mesmo tempo um facto científico até há dois anos atrás. Com o "novo normal", a ciência faz-se suprimindo a crítica e a dúvida, varrendo-as para debaixo do tapete.
Quando perceberem que a doença está a ser usada para atingir objectivos nada claros, vão ter vergonha de ter feito parte do séquito do rei cujo fato novo era tão bonito.

Anónimo disse...

Ou seja: os não vacinados devem vacinar-se para proteger os vacinados, porque os vacinados não estão protegidos pela vacina que devem tomar os não-vacinados, para proteger os vacinados, certo?
O Groucho Marx não explicaria melhor...