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20/01/2022

As teorias da conspiração alimentam-se das improbabilidades

Uma espécie de continuação de A pandemia como campo de batalha de crenças quase religiosas.

A pandemia, como todos os eventos geradores de pânico, é um domínio por excelência para construir teorias da conspiração, a começar pelas suas origens, que vão desde uma maquinação/acidente com arma biológica dos EUA/China/Rússia/... até às ondas do 5G, a tecnologia da quinta geração para redes móveis e de banda larga, esta última uma criação de D. Jelena Djokovich, esposa do tenista com o mesmo nome.

Ainda no mesmo domínio, as teorias da conspiração continuam em relação às medidas tomadas a pretexto da pandemia, muitas vezes baseadas casos extremamente improváveis a que os mídia geralmente dão relevo baseados no conhecido princípio de que notícia não é um cão morder um jornalista mas um jornalista morder um cão.

Lembrei-me disto ao ler ontem duas notícias: (a) uma cantora checa, para evitar ser vacinada, expôs-se deliberadamente ao contágio para obter um certificado de recuperação, foi infectada e acabou por morrer; (b) um garoto de 6 anos com a primeira dose de vacina e teste positivo morreu no hospital por causas ainda não determinadas. 

No primeiro caso, os paranóicos da vacinação, borrifando-se para o facto de a vacina apenas preparar o sistema imunitário e reduzir a probabilidade de morrer da Covid, gritarão "ó rejeccionistas estão a ver o que faz não se vacinarem?" No segundo, os "rejeccionistas", borrifando-se para o facto de até agora só terem morrido 3 crianças com menos de 9 anos e nenhuma delas vacinada, gritarão "ó maluquinhos das vacinas estão a ver o que faz ser vacinado". 

E, portanto, é isto. Feitas as contas, receio que as criaturas cépticas, com um módico de bom senso e não prosélitos de nenhuma dessas crenças constituam uma insignificante minoria.

1 comentário:

Anónimo disse...

Nunca discuto qualquer assunto com quem não procura a verdade.
Quem enfiou o barrete,agora tem dificuldade em emendar a mão. Faz parte.
No entanto,tive que rir da criança que morreu de causas ainda não determinadas.Tudo isto, depois da quase totalidade das mortes atribuidas à Covid, nunca terem sido alvo de peritagem médica. Foram determinadas pelo critério de "se tem o bicho, então escrevam Covid".
Gargalhadas à parte, siga a comédia!