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02/01/2022

CASE STUDY: A endogamia leva à consanguinidade e a consanguinidade leva à decadência, também no governo dos países

A endogamia nas casas reais europeias é um facto conhecido e estudado, como são conhecidas as consequências da consanguinidade (homozigosidade, etc.) e os seus efeitos (doenças autossómicas recessivas, etc.). Porém, nunca tinha sido estudado de forma sistemática e científica a relação entre a endogamia e a qualidade da governação, possivelmente porque as monarquias são cada vez mais raras e nas três dezenas que restam os monarcas não têm poderes executivos.

Sebastian Ottinger e Nico Voigtländer, dois investigadores da universidade da Califórnia (Los Angeles), foram ao passado para calcular o grau de consanguinidade de 331 monarcas europeus entre 990 e 1800. De seguida estimaram o sucesso dos respectivos países durante os seus reinados baseado em pontuações subjectivas dos historiadores e no aumento ou redução da superfície dos territórios sobre os quais esses monarcas reinaram. As conclusões foram publicadas no paper “The effect of European monarchs on state performance”. 

Economist

Com base nos dados publicados, a Economist preparou os dois diagramas acima relacionando o grau de consanguinidade com a competência dos monarcas e com a alteração da superfície dos territórios, diagramas que mostram como a consanguinidade afecta negativamente os resultados da governação. That's it.

[Se o Partido Socialista se eternizar no poder com o pendor endogâmico que o Dr. Costa vem promovendo nos seus governos, os especialistas terão matéria de estudo abundante.] 

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