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10/06/2021

Libertemos os animais domésticos do jugo dos seus donos e condenemos o PAN que preconiza a sua castração

«Agora se queremos discutir o respeito pela natureza intrínseca dos animais, tenham paciência, é muito mais lógico defender a proibição de detenção de animais domésticos com excepções bem definidas, que proibir touradas: a falta de respeito pela natureza intrínseca dos animais é incomparavelmente maior na generalidade dos cães e gatos urbanos que em todo o ciclo de vida associado às touradas.»

Só posso concordar com Henrique Pereira dos Santos, invectivando os cruéis dirigentes do PAN e sugerindo que autoapliquem a solução que preconizam para a bicheza.

2 comentários:

Afonso de Portugal disse...

Claro que o Henrique Pereira dos Santos tem toda razão, mas o problema aqui é que o eleitorado do PAN é precisamente aquela gentinha urbana e cosmopolita que defende o meio ambiente com unhas e dentes, mas depois enche a casa de cães e de gatos que deviam viver em liberdade.

Nas grandes cidades vemos cada vez mais, nas janelas dos edifícios de apartamentos, cães e gatos com um ar entristecido, quando não alucinado, a olhar sofregamente para as pessoas e para os carros que vão passando na rua.

Depois temos os imbecis que passeiam cães de grande porte na rua como quem anda de Mercedes ou de BMW, como se o cão fosse um troféu em vez de um animal. Muitos destes cretinos nem sequer têm filhos, e até são capazes de dizer que o planeta está sobrelotado, mas depois gastam pequenas fortunas em ração para cães e gatos, sabendo perfeitamente que essa ração é sobretudo de origem animal e, por conseguinte, tão ou mais lesiva para o meio ambiente do que a comida ingerida por um ser humano.

O PAN é um daqueles partidos que factura com o triunfo da emoção sobre a razão. Com o bem parecer em vez de bem ser. É ainda pior que o comunismo, porque a inveja, sendo condenável, ainda tem o seu quê de racional. Já a pieguice e o falso moralismo são pura e simplesmente execráveis, tal como o PAN.

Anónimo disse...

Exactamente!
É aquilo que neste artigo se chama "a sopinha sentimental":
https://elmanifiesto.com/tribuna/459513406/De-la-carne-vegetal-a-la-escultura-invisible.html