Entendamo-nos: Passos Coelho foi incomparavelmente melhor líder do PSD do que o Dr. Rio e muito melhor primeiro-ministro do que o Dr. Costa está a ser. Porém, para sermos honestos, temos que conceder que essa comparação vale pouco.
Como primeiro-ministro, Passos Coelho governou em condições penosas e num período muito difícil, tendo a bordo uma criatura inconfiável como o Dr. Portas, o da demissão irrevogável e do "argumentário". Não fez grandes asneiras, não sabemos se porque a troika não deixou ou de motu proprio. Fica para a pequena história a ridícula argolada de ter garantido que estava a ir além da troika, um disparate sem nome, porque não estava e ficou exposto à multidão dos idiotas açulados pela esquerdalhada que entendiam que uma troika só poderia querer a desgraça do Portugal dos Pequeninos - na verdade, estava a tentar salvar-nos de nós próprios, ou pelo menos das elites merdosas que nos governavam.
Por tudo isto, sendo uma escolha a considerar para uma sucessão higiénica do Dr. Costa, não está demonstrado que seja a melhor escolha possível. Quem não dúvidas que seja são os geringonços que espumam ódio só ao ouvir o nome da criatura e apostam contra ele todas as fichas. Se confiasse no discernimento da esquerdalhada concluiria que Passos Coelho é o melhor líder de uma alternativa vencedora à geringonça, mas não confio e não acredito que os inimigos dos nossos inimigos sejam necessariamente os nossos melhores amigos.
2 comentários:
A ingenuidade de «ir além da troica» teve uma razão muito concreta: o PS tinha escondido da troica uns 30.000 milhões que não ficaram cobertos pela bazuca de então de 78.000 milhões. E teve mesmo que ir tirar dinheiro de debaixo das pedras para cumprir o acordo falsificado pelos socialistas. Com o Constitucional corporativamente a defender os interesses dos seus, restou ir aos bolsos dos mesmos de sempre: os impostos, já que às pensões até tinha já sido o Sócrates a ir, embora PPC também não se livre dessa fama.
PPC não efectuou nenhuma reforma estrutural.
Mereceu ser corrido.
O caminho a seguir é o implementar, rapidamente e em força, reformas estruturais a começar pela abolição do salário mínimo, liberalização dos despedimentos e abolição dos descontos.
Seguem-se outras reformas estruturais.
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