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06/12/2019

A batota eleitoral desculpa-se quando é por uma "boa causa"

No artigo da Economist citado no post «Uma visão independente e objectiva do jornalismo profissional sobre a génese do caos boliviano» fez-se referência a um relatório preliminar da Organização dos Estados Americanos que auditou as eleições. O relatório final agora conhecido concluiu ter havido uma "clara manipulação” dos resultados eleitorais para dar a vitória a Morales logo na primeira volta.

Ainda a tinta do relatório final não tinha secado já o Guardian, um jornal inglês que pratica o jornalismo de causas (ainda que com mais competência do que a média do jornalismo de causas doméstico), num expediente típico da esquerdalhada, publicava um abaixo assinado a «exigir que a OEA  retratasse as suas declarações enganosas sobre a eleição, que contribuíram para o conflito político».

As primeiras linhas enunciam logo ao que vem o panfleto: «O governo Trump apoiou aberta e fortemente o golpe militar de 10 de Novembro que derrubou o governo do presidente Evo Morales». Quod est demonstrandum.

Os primeiros signatários desse panfleto são Ha-Joon Chang, James Galbraith, Thea Lee e Mark Weisbrot, conhecidos praticantes radicais da ciência de causas e apoiantes de Lula, Chávez-Morales e tutti quanti. São os novos idiotas úteis do marxismo pós-moderno na versão socialismo tropical. Não há nada de novo sob o sol.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sempre houve, há e haverá idiotas: úteis e inúteis. Os últimos têm vida encurtada.