Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
30/11/2018
Pagar para salvar os bancos? Olhe que não doutora, olhe que não!
Num vídeo da colecção «2:59 PARA EXPLICAR O MUNDO» que o Expresso nos oferece na sua edição diária, a jornalista Isabel Vicente diz-nos que «Há dez anos que cada português anda a dar 15 euros por mês para salvar bancos».
Talvez seja certo que cada português anda há dez anos a dar 15 euros por mês ao Estado Sucial para este injectar nos bancos. Porém, falta dizer o mais importante, a saber: que quase todo esse dinheiro se tornou necessário injectar nos bancos devido às imparidades resultantes do crédito malparado e que boa parte desse malparado resultou de elefantes brancos do regime, de empréstimos a figuras de cera do regime, nalguns casos para pagar manobras de governos socialistas (como a compra do BCP financiada pelo crédito da Caixa).
Lost in translation (312) - O que quererá o acólito de Sócrates e de Costa significar com «o nosso próximo Brasil»?
«Santos Silva: “Temos de olhar para Angola como se fosse o nosso próximo Brasil”» (JE)
O que significará isto vindo de uma criatura que foi duas vezes ministro de José Sócrates cujo consolado foi marcado por uma aproximação ao Brasil pêtista de Lula, de Dilma, do Lava Jato, do Quadrilhão do PT? Aproximação que o socialismo socrático fez em aliança com os Espírito Santo, da qual resultou, entre outras coisas, a venda aos espanhóis da Telefónica da Vivo do Brasil (uma operadora que gerava a maior parte dos lucros da PT), a compra da Oi (um buraco gigantesco, actualmente uma participada da Pharol) e a desnatação da PT por Ricardo Salgado para manter a flutuar o GES.
Veja-se a este respeito a etiqueta Vivo por Oi e recorde-se a propósito o lema de estimação do (Im)pertinências:
Os cidadãos deste país não devem ter memória curta e deixar branquear as responsabilidades destas elites merdosas que nos têm desgovernado e pretendem ressuscitar purificadas das suas asneiras, incompetências e cobardias.
29/11/2018
TIROU-ME AS PALAVRAS DA BOCA: A esquerdalhada tem o monopólio do protesto e da oposição
«Dir-se-á: mas se o PCP e o Bloco diminuíram a intensidade dos protestos, porque é que a direita não ocupou o seu lugar? A resposta é simples: porque não o sabe fazer, nem tem estruturas para isso. Existe uma rotina de protesto que foi constituída e alimentada durante 40 anos de democracia. Os sindicatos têm milhares de funcionários cujo trabalho não é outro senão esse, e os meios de comunicação social têm formas de trabalhar que são sempre iguais: directo à porta do protesto, conversa previamente combinada com o sindicalista de serviço, números de adesão estratosféricos, jornalistas a debitar a cassete do trabalhador oprimido, discussão do tema nos canais por cabo à noite, e por aí fora. Esta coreografia está altamente rotinada e não é nada fácil de quebrar. Se a esquerda não dança, a comunicação social fica sem par – e a direita não conhece os passos. Esta foi a grande fragilidade de PSD e CDS nos últimos três anos. Ao mostrarem-se incapazes de ocupar o espaço que PCP e Bloco deixaram ao abandono, a direita ficou não só sem governo, mas também sem oposição.»
Excerto de O monopólio do protesto e a xanaxização do país, João Miguel Tavares no Público
Excerto de O monopólio do protesto e a xanaxização do país, João Miguel Tavares no Público
Dúvidas (243) - Terão as criptomoedas futuro?
Por várias razões que não vem agora ao caso, sou da opinião que as criptomoedas não sendo moedas não terão futuro como moedas, como diria o Senhor de La Palice (se ele tivesse dito o que se diz que disse, mas não disse).
Pelos vistos, Vítor Constâncio, várias vezes ministro, governador do BdP e de seguida secretário-geral do PS (estranho não é? estamos em Portugal, não esqueça) e, até há pouco tempo, o nosso homem em Frankfurt no BCE, é também da mesma opinião: Criptomoedas «não são moeda coisa nenhuma» disse numa conferência no ISEG onde foi assistente e hoje é professor convidado.
E foi aí que as minhas certezas quanto às criptomoedas se transformaram em dúvidas ao recordar que em 23 de Fevereiro de 2000, Vítor Constâncio na tomada de posse como Governador do BdeP, também garantia «...Sem moeda própria não voltaremos a ter problemas de balança de pagamentos iguais aos do passado. Não existe um problema monetário macroeconómico e não há que tomar medidas restritivas por causa da balança de pagamentos. Ninguém analisa a dimensão macro da balança externa do Mississipi ou de qualquer outra região de uma grande união monetária...».
Enfim, todos ainda devemos estar recordados da bancarrota a que nos conduziu Sócrates, de quem Constâncio foi ministro anexo, que também acreditava nos milagres da moeda própria e governou o país como se fosse o estado do Mississipi.
Pelos vistos, Vítor Constâncio, várias vezes ministro, governador do BdP e de seguida secretário-geral do PS (estranho não é? estamos em Portugal, não esqueça) e, até há pouco tempo, o nosso homem em Frankfurt no BCE, é também da mesma opinião: Criptomoedas «não são moeda coisa nenhuma» disse numa conferência no ISEG onde foi assistente e hoje é professor convidado.
E foi aí que as minhas certezas quanto às criptomoedas se transformaram em dúvidas ao recordar que em 23 de Fevereiro de 2000, Vítor Constâncio na tomada de posse como Governador do BdeP, também garantia «...Sem moeda própria não voltaremos a ter problemas de balança de pagamentos iguais aos do passado. Não existe um problema monetário macroeconómico e não há que tomar medidas restritivas por causa da balança de pagamentos. Ninguém analisa a dimensão macro da balança externa do Mississipi ou de qualquer outra região de uma grande união monetária...».
Enfim, todos ainda devemos estar recordados da bancarrota a que nos conduziu Sócrates, de quem Constâncio foi ministro anexo, que também acreditava nos milagres da moeda própria e governou o país como se fosse o estado do Mississipi.
ARTIGO DEFUNTO: Titilando subliminarmente as meninges dos leitores
«Um dos mais extraordinários fenómenos presentes é o mimetismo da linguagem da Comunicação Social em relação à de forças políticas e institucionais. Foi assim que uma votação coincidente de CDS, PSD, PCP e Bloco a favor do diálogo com os professores foi anunciada como coligação negativa. Curiosamente, um Governo do PS, apoiado pelo PCP e BE contra os vencedores das últimas eleições, não se considera uma aliança negativa. A conclusão, subliminar, é que o positivo apenas existe quando o PS participa.»
Coligação negativa vs. Governo negativo, Henrique Monteiro no Expresso
Coligação negativa vs. Governo negativo, Henrique Monteiro no Expresso
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28/11/2018
Não me estava a ver a citar Hillary Clinton por boas razões...
... mas aconteceu hoje, ainda que com atraso de vários dias.
«I think Europe needs to get a handle on migration because that is what lit the flame» [do populismo] disse Hillary Clinton em entrevista ao Guardian, convidando os líderes do continente a darem um sinal forte mostrando que «not going to be able to continue to provide refuge and support».
Estou a citá-la por razões que possivelmente explicam o jornalismo de causas doméstico ter feito um ruidoso silêncio a este respeito, apenas quebrado por esta referência no Expresso.
«I think Europe needs to get a handle on migration because that is what lit the flame» [do populismo] disse Hillary Clinton em entrevista ao Guardian, convidando os líderes do continente a darem um sinal forte mostrando que «not going to be able to continue to provide refuge and support».
Estou a citá-la por razões que possivelmente explicam o jornalismo de causas doméstico ter feito um ruidoso silêncio a este respeito, apenas quebrado por esta referência no Expresso.
27/11/2018
CASE STUDY: Transferindo dióxido de carbono dos países desenvolvidos para os subdesenvolvidos
Há uma dezena de anos, os Estados Unidos e a Europa adoptaram os biocombustíveis como estratégia para reduzir as emissões de dióxido de carbono.
Em teoria, a quantidade de carbono libertada pela queima de biocombustível seria compensada pelo carbono previamente capturado pelas plantas e nelas armazenado. Na realidade, em quase todos os lugares do mundo, plantar mais milho ou soja para produzir biocombustível exigiria aumentar as áreas de utilização agrícola e, não havendo terras adequadas disponíveis, seria necessário suprimir a vegetação já existente libertando carbono na atmosfera.
Rapidamente se concluiu que por razões de clima e de solos disponíveis nem os Estados Unidos nem a Europa poderiam produzir biocombustíveis nas quantidades necessárias e a um preço competitivo.
O óleo de palma indonésio, sobretudo do Bornéu, e malaio é mais barato devido ao clima e ao tipo de solo. Para responder à procura crescente, os produtores indonésios cortaram e queimaram áreas gigantescas de florestas libertando enormes quantidades de carbono aprisionado nas árvores e nos solos o que tornou a Indonésia a quarta maior fonte mundial de emissões de dióxido de carbono, mais do que todo o continente europeu.
[Para mais detalhes ver o artigo de Abrahm Lustgarten «Palm Oil Was Supposed to Help Save the Planet. Instead It Unleashed a Catastrophe», publicado no NYT)
Nota: Devido à contaminação da linguagem pelo newspeak politicamente correcto, aos países do chamado Terceiro Mundo começou a chamar-se subdesenvolvidos e mais tarde países em vias de desenvolvimento. Concordo que Terceiro Mundo é uma designação errada por ter uma conotação geográfica, mas acho mais adequado continuar a designar esses países como subdesenvolvidos visto que alguns deles, e alguns dos hoje considerados desenvolvidos, são na verdade países em vias de subdesenvolvimento.
Em teoria, a quantidade de carbono libertada pela queima de biocombustível seria compensada pelo carbono previamente capturado pelas plantas e nelas armazenado. Na realidade, em quase todos os lugares do mundo, plantar mais milho ou soja para produzir biocombustível exigiria aumentar as áreas de utilização agrícola e, não havendo terras adequadas disponíveis, seria necessário suprimir a vegetação já existente libertando carbono na atmosfera.
Rapidamente se concluiu que por razões de clima e de solos disponíveis nem os Estados Unidos nem a Europa poderiam produzir biocombustíveis nas quantidades necessárias e a um preço competitivo.
O óleo de palma indonésio, sobretudo do Bornéu, e malaio é mais barato devido ao clima e ao tipo de solo. Para responder à procura crescente, os produtores indonésios cortaram e queimaram áreas gigantescas de florestas libertando enormes quantidades de carbono aprisionado nas árvores e nos solos o que tornou a Indonésia a quarta maior fonte mundial de emissões de dióxido de carbono, mais do que todo o continente europeu.
[Para mais detalhes ver o artigo de Abrahm Lustgarten «Palm Oil Was Supposed to Help Save the Planet. Instead It Unleashed a Catastrophe», publicado no NYT)
Nota: Devido à contaminação da linguagem pelo newspeak politicamente correcto, aos países do chamado Terceiro Mundo começou a chamar-se subdesenvolvidos e mais tarde países em vias de desenvolvimento. Concordo que Terceiro Mundo é uma designação errada por ter uma conotação geográfica, mas acho mais adequado continuar a designar esses países como subdesenvolvidos visto que alguns deles, e alguns dos hoje considerados desenvolvidos, são na verdade países em vias de subdesenvolvimento.
26/11/2018
Crónica da avaria que a geringonça está a infligir ao País (163)
Outras avarias da geringonça e do país.
É discutível que, como alega o governo da geringonça, Portugal esteja na moda, como nos tempos dos governos de Cavaco Silva e do seu «homem novo». O que é pouco discutível é que Portugal em 35 países da OCDE abrangidos pelo International Tax Competitiveness Index da Tax Foundation tem a quarta fiscalidade menos competitiva.
Perguntareis como chegámos aqui? A resposta é fomos chegando pela necessidade de pagar um Estado Sucial cada vez mais caro para alojar a clientela eleitoral da esquerdalhada. Vejam-se dois exemplos do «fomos chegando»: (1) quatorze anos após o Euro 2004 apenas dois dos dez estádios estão pagos e sete câmaras municipais estão endividadas em mais de 100 milhões de euros e (2) foram contratados mais 400 polícias apesar de Portugal ter «432 polícias por 100 mil habitantes, um valor que torna a polícia portuguesa 36% mais bem equipada do que as polícias na média dos países europeus», polícias que têm 16 (dezasseis) sindicatos.
Enquanto o Estado Sucial se tornava cada vez mais caro, o país definhava e no rendimento per capita foi sucessivamente ultrapassado pelos países da Europa de Leste, desceu de 84% em 1999 para 78% do rendimento per capita médio em 2018, ficando em 21.º na UE28 e em 2030 pode estar mais abaixo do que em 1999.
É discutível que, como alega o governo da geringonça, Portugal esteja na moda, como nos tempos dos governos de Cavaco Silva e do seu «homem novo». O que é pouco discutível é que Portugal em 35 países da OCDE abrangidos pelo International Tax Competitiveness Index da Tax Foundation tem a quarta fiscalidade menos competitiva.
Perguntareis como chegámos aqui? A resposta é fomos chegando pela necessidade de pagar um Estado Sucial cada vez mais caro para alojar a clientela eleitoral da esquerdalhada. Vejam-se dois exemplos do «fomos chegando»: (1) quatorze anos após o Euro 2004 apenas dois dos dez estádios estão pagos e sete câmaras municipais estão endividadas em mais de 100 milhões de euros e (2) foram contratados mais 400 polícias apesar de Portugal ter «432 polícias por 100 mil habitantes, um valor que torna a polícia portuguesa 36% mais bem equipada do que as polícias na média dos países europeus», polícias que têm 16 (dezasseis) sindicatos.
Enquanto o Estado Sucial se tornava cada vez mais caro, o país definhava e no rendimento per capita foi sucessivamente ultrapassado pelos países da Europa de Leste, desceu de 84% em 1999 para 78% do rendimento per capita médio em 2018, ficando em 21.º na UE28 e em 2030 pode estar mais abaixo do que em 1999.
25/11/2018
CASE STUDY: Um imenso Portugal (48) - O "Quadrilhão do PT”
[Outros imensos Portugais]
O nome diz tudo. Foi aceite por um juiz federal a acusação da PGR por associação criminosa contra os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, dois ex-ministros das Finanças do PT, Antonio Palocci e Guido Mantega, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, por desvio durante os 14 anos que o PT esteve no poder de mais de 1,5 mil milhões de reais da Petrobras, do BNDES e do ministério do Planeamento.
Lá iremos ouvir o mesmo chorrilho de indignações da esquerdalhada brasileira e da lusitana por perseguição pela justiça - a mesma justiça que já acusou e condenou centenas de políticos de direita por corrupção.
24/11/2018
Mitos (285) - Estados Unidos da Europa
Por muito que se considere admirável a tentativa de construir uma espécie de Estados Unidos da Europa num Continente dividido por séculos de guerra culminando na hecatombe da Segunda Guerra, um módico de realismo obriga-nos a reconhecer que o caminho percorrido só foi possível pela instrumentalização que o voluntarismo e auto-interesse da nomenclatura bruxelense, particularmente nos tempos de Delors, fez da megalomania francesa, dos complexos alemães e da subsídio-dependência dos países da Europa mediterrânica, primeiro, e oriental, depois. Como todas as construções fruto do voluntarismo, pode funcionar nos tempos das vacas gordas mas tropeça nos tempos das vacas magras quando emergem as idiossincrasias das culturas nacionais que não se apagaram com subsídios. Quanto mais incapazes forem os líderes democráticos europeus de perceber esta realidade mas se fortalecerá e tornará agressivo o instinto nacionalista. Reagir a esta realidade classificando como fascistas ou mesmo populistas os líderes e partidos que tentarão dar corpo a esses instintos, mais do que estúpido é suicida.
A este propósito, leiam-se alguns excertos de The resurgence of regionalism in Europe que transcrevo a seguir.
A este propósito, leiam-se alguns excertos de The resurgence of regionalism in Europe que transcrevo a seguir.
23/11/2018
Dúvidas (241) - Ao certo, o governo é responsável do quê em Portugal?
Pergunta Rui Ramos:
«Há um mistério na sociedade portuguesa. Morrem dezenas de pessoas em incêndios, e o governo diz que não é a protecção civil. Desaparece e reaparece material dos paióis militares e dos barcos de guerra, e o governo manda informar que não é sentinela nem polícia. Morrem mais pessoas na derrocada de uma estrada entre pedreiras, e o governo esclarece que não é direcção-geral, nem câmara municipal. Enfim, a lista podia continuar. Não parece haver má notícia capaz de obrigar um membro do governo vir a público dizer – “aconteceu isto, não devia ter acontecido, peço desculpa, etc.” A questão é esta: ao certo, o governo é responsável do quê em Portugal?»
O governo é responsável do quê em Portugal? Ora, que pergunta! Pois, não é sabido que devemos ao governo (e à minha tia Elvira, já agora) o aumento das exportações e o crescimento do turismo que fazem o maior crescimento das últimas décadas? E não venham dizer que Portugal é o 6.º país que menos cresceu, pois não é verdade que são os governos dos 22 países da EU28 que crescem mais depressa que são responsáveis e não o de Costa?
E não é sabido que devemos ao governo a redução do défice orçamental, graças ao aumento da carga fiscal e às cativações? E não venham dizer que o governo é responsável pela degradação do SNS e de outros serviços públicos porque isso, como toda a gente sabe, é culpa de Bruxelas.
«Há um mistério na sociedade portuguesa. Morrem dezenas de pessoas em incêndios, e o governo diz que não é a protecção civil. Desaparece e reaparece material dos paióis militares e dos barcos de guerra, e o governo manda informar que não é sentinela nem polícia. Morrem mais pessoas na derrocada de uma estrada entre pedreiras, e o governo esclarece que não é direcção-geral, nem câmara municipal. Enfim, a lista podia continuar. Não parece haver má notícia capaz de obrigar um membro do governo vir a público dizer – “aconteceu isto, não devia ter acontecido, peço desculpa, etc.” A questão é esta: ao certo, o governo é responsável do quê em Portugal?»
O governo é responsável do quê em Portugal? Ora, que pergunta! Pois, não é sabido que devemos ao governo (e à minha tia Elvira, já agora) o aumento das exportações e o crescimento do turismo que fazem o maior crescimento das últimas décadas? E não venham dizer que Portugal é o 6.º país que menos cresceu, pois não é verdade que são os governos dos 22 países da EU28 que crescem mais depressa que são responsáveis e não o de Costa?
E não é sabido que devemos ao governo a redução do défice orçamental, graças ao aumento da carga fiscal e às cativações? E não venham dizer que o governo é responsável pela degradação do SNS e de outros serviços públicos porque isso, como toda a gente sabe, é culpa de Bruxelas.
DIÁRIO DE BORDO: A propósito de visita de Jordan Peterson...
... lembrei-me que ando há uns 15 anos a pregar aos peixinhos doutrinas sobre as questões da sexualidade, em oposição frontal ao que a idiotia do politicamente correcto chama questões de identidade do género. Numa pesquisa rápida aqui vão algumas que encontrei:
09/11/2003 Diferentes, mas iguais perante Bruxelas.
23/11/2003 A diferença fundamental não é óbvia?
27/02/2004 Macho? Moi?
27/04/2005 e pur se muove
10/06/2010 Cherchez la femme
26/11/2012 Minoria mentalmente diminuída
21/06/2015 A revolta do «sexo fraco»
22/11/2018
Mitos (284) - os socialistas são amigos dos pobres (VII)
[Continuação de (I), (II), (III), (IV), (V) e (VI)]
A semelhança entre socialistas e capitalistas é que ambos querem manter ou aumentar a sua clientela. A diferença é que os primeiros querem manter pobres os pobres e acabar com os ricos e os segundos querem que os pobres tenham mais dinheiro para comprar os seus produtos.
É por isso que os socialistas tentam extrair dinheiro aos outros (pobres, remediados e ricos) para distribuir pelos pobres (e por eles próprios) e os capitalistas (alguns capitalistas) distribuem o seu próprio dinheiro.
A adicionar aos capitalistas já mencionados nos episódios anteriores (link acima) ficámos a saber de mais um. Michael Bloomberg, o fundador em 1982 da Bloomberg LP, um dos maiores fornecedores de informação financeira e de notícias de negócios e de mercados e mayor de Nova York de 2002 a 2013, fez uma doação destinada aos estudantes de baixo e médio rendimento de 1,8 mil milhões de dólares à Universidade Johns Hopkins em Baltimore, cujas propinas podem ultrapassar 50 mil dólares por ano.
Para Bloomberg «negar aos alunos a entrada em uma faculdade com base na capacidade de pagar prejudica a igualdade de oportunidades.» Também acho. Quem não acha de certeza é esquerdalhada que preconiza propinas grátis para todos. Grátis que em português corrente significa propinas para estudantes de baixo, médio e alto rendimento pagas pelos contribuintes mesmo que não tenham filhos a estudar nas universidades.
A semelhança entre socialistas e capitalistas é que ambos querem manter ou aumentar a sua clientela. A diferença é que os primeiros querem manter pobres os pobres e acabar com os ricos e os segundos querem que os pobres tenham mais dinheiro para comprar os seus produtos.
É por isso que os socialistas tentam extrair dinheiro aos outros (pobres, remediados e ricos) para distribuir pelos pobres (e por eles próprios) e os capitalistas (alguns capitalistas) distribuem o seu próprio dinheiro.
A adicionar aos capitalistas já mencionados nos episódios anteriores (link acima) ficámos a saber de mais um. Michael Bloomberg, o fundador em 1982 da Bloomberg LP, um dos maiores fornecedores de informação financeira e de notícias de negócios e de mercados e mayor de Nova York de 2002 a 2013, fez uma doação destinada aos estudantes de baixo e médio rendimento de 1,8 mil milhões de dólares à Universidade Johns Hopkins em Baltimore, cujas propinas podem ultrapassar 50 mil dólares por ano.
Para Bloomberg «negar aos alunos a entrada em uma faculdade com base na capacidade de pagar prejudica a igualdade de oportunidades.» Também acho. Quem não acha de certeza é esquerdalhada que preconiza propinas grátis para todos. Grátis que em português corrente significa propinas para estudantes de baixo, médio e alto rendimento pagas pelos contribuintes mesmo que não tenham filhos a estudar nas universidades.
ESTADO DE SÍTIO: «O Estado mete-se em tudo, menos no que importa»
«O problema não é Borba, como não era Pedrógão Grande ou Entre-os-Rios, porque esses são apenas os sítios onde saiu a fava de um bolo em decomposição acelerada – e, sobre isso, os inquéritos não esclarecem coisíssima nenhuma. O problema é estarmos a criar, cada vez mais, um Estado de fachada, que absorve uma quantidade gigantesca de recursos para alimentar actividades acessórias, enquanto esquece as suas funções essenciais. Um Estado centralista que acha que o país começa no Cais das Colunas e termina no arco da Rua Augusta; um Estado desleixado que mete o nariz em tudo mas não arregaça as mãos para fazer nada; um Estado, enfim, tão majestoso e tão oco como as pedreiras de Borba, que são lindíssimas vistas ao longe, mas que matam quando chegamos perto.»
O Estado mete-se em tudo, menos no que importa, João Miguel Tavares no Público
O Estado mete-se em tudo, menos no que importa, João Miguel Tavares no Público
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eu diria mesmo mais
21/11/2018
ARTIGO DE DEFUNTO: A arte de manipular as meninges dos leitores
«Juiz proíbe Administração Trump de recusar asilo a imigrantes
O Presidente Donald Trump emitiu um decreto a 9 de novembro, no qual negava asilo à maioria das pessoas que cruza a fronteira, numa resposta às caravanas de migrantes que condenara antes das eleições de novembro»A notícia acima do Expresso foi replicada quase ipsis verbis por vários outros jornais portugueses. Como se pode ler neste artigo do NYT, que pratica jornalismo de causas (*) mais informado e mais inteligente do que o corrente no Portugal dos Pequeninos, o que se passou foi o seguinte:
- A lei americana não concede aos imigrantes o direito ao asilo; concede o direito a um pedido de asilo que será examinado, aprovado ou recusado pelas autoridades americanas;
- Confrontada com o afluxo maciço de imigrantes hondurenhos, Trump emitiu uma proclamação limitando o exame dos pedido de asilo aos imigrantes «who enters the United States at a port of entry and properly presents for inspection»;
- Os imigrantes clandestinos ficaram, portanto, sem acesso ao pedido de asilo, a menos, evidentemente, que o viessem a apresentar at a port of entry and properly presents for inspection;
- O juiz federal Jon S. Tigar do Tribunal Distrital em São Francisco ordenou na segunda-feira à administração para retomar a aceitação de pedidos de refúgio de imigrantes, independentemente de onde ou como eles entraram nos Estados Unidos.
Moral da estória: Trump não recusou o asilo a imigrantes, recusou analisar os pedidos de clandestinos. O juiz não o proibiu de fazer o que ele não tinha feito; o juiz obrigou a administração a analisar todos os pedidos de asilo. O juiz não obrigou - nem poderia obrigar - a aceitar o asilo a emigrantes.
(*) Repare-se como Baptista-Bastos, ao preconizar o jornalismo de causas em que «não há factos. Os factos correspondem à visão do mediador, do repórter», foi um precursor das fake news e das alternative news muito antes da Breitbart News.
20/11/2018
ACREDITE SE QUISER: O elevador social está a funcionar melhor na China do que nos Estados Unidos
«Imagine you have to make a bet.
There are two 18-year-olds, one in China, the other in the United States, both poor and short on prospects. You have to pick the one with the better chance at upward mobility.
Which would you choose?
Not long ago, the answer might have seemed simple. The “American Dream,” after all, had long promised a pathway to a better life for anyone who worked hard.
But the answer today is startling: China has risen so quickly that your chances of improving your station in life there vastly exceed those in the United States.»
There are two 18-year-olds, one in China, the other in the United States, both poor and short on prospects. You have to pick the one with the better chance at upward mobility.
Which would you choose?
Not long ago, the answer might have seemed simple. The “American Dream,” after all, had long promised a pathway to a better life for anyone who worked hard.
But the answer today is startling: China has risen so quickly that your chances of improving your station in life there vastly exceed those in the United States.»
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bons exemplos,
Desfazendo ideias feitas,
perigo amarelo
19/11/2018
Crónica da avaria que a geringonça está a infligir ao País (162)
Outras avarias da geringonça e do país.
Entre as várias facturas que Costa deixou aos contribuintes para pagar pelo seu desempenho anterior à geringonça encontram-se as relacionadas com a sua passagem pela Câmara de Lisboa e a reversão da permuta dos terrenos do Parque Mayer pelos terrenos da Feira Popular, reversão que vai custar 600 milhões de euros em 2019, dos quais 400 milhões para o Novo Banco e 200 milhões para a Braga Parques já previstos no OE 2017. Por memória, recordemos a sua passagem pelo ministério da Administração Interna e as consequências da «obra feita» nos incêndios florestais: (1) e (2).
O caso do IVA das touradas proporcionou a Costa mais uma performance da sua notável elasticidade, demonstrando assim, como alguém escreveu, ser um marxista da linha Groucho que tem princípios mas, se não gostarmos destes, ele tem outros.
A somar às trapalhadas já conhecidas da nomenclatura socialista, veio agora a saber-se que o recém-nomeado chefe de gabinete do ministro da Defesa está a ser investigado por utilização indevida de 3 milhões de euros de dinheiro públicos. Cada cavadela, sua minhoca.
Entre as várias facturas que Costa deixou aos contribuintes para pagar pelo seu desempenho anterior à geringonça encontram-se as relacionadas com a sua passagem pela Câmara de Lisboa e a reversão da permuta dos terrenos do Parque Mayer pelos terrenos da Feira Popular, reversão que vai custar 600 milhões de euros em 2019, dos quais 400 milhões para o Novo Banco e 200 milhões para a Braga Parques já previstos no OE 2017. Por memória, recordemos a sua passagem pelo ministério da Administração Interna e as consequências da «obra feita» nos incêndios florestais: (1) e (2).
O caso do IVA das touradas proporcionou a Costa mais uma performance da sua notável elasticidade, demonstrando assim, como alguém escreveu, ser um marxista da linha Groucho que tem princípios mas, se não gostarmos destes, ele tem outros.
A somar às trapalhadas já conhecidas da nomenclatura socialista, veio agora a saber-se que o recém-nomeado chefe de gabinete do ministro da Defesa está a ser investigado por utilização indevida de 3 milhões de euros de dinheiro públicos. Cada cavadela, sua minhoca.
18/11/2018
São iguais mas há um mais igual do que o outro
O burlão falhado e o burlão bem sucedido 2 anos de preventiva, 14 aumentados para 15 anos de prisão «Não se percebe» porque continua à solta |
17/11/2018
Porque não fiquei surpreendido, ainda outra vez? (4)
«Undeclared North Korea: Missile Operating Bases Revealed
Though the subject of speculation by open-source researchers for years, new research undertaken by Beyond Parallel has located 13 of an estimated 20 North Korean missile operating bases that are undeclared by the government.»
«Kim Jong Un tests 'high-tech' weapon in message to the US
North Korea has tested a "newly developed ultramodern" weapon in an event supervised by leader Kim Jong Un, state media said Friday, amid faltering nuclear disarmament negotiations with the United States.»
Alguém acredita que Kim alienará a sua nomenclatura político-militar subtraindo-lhe o armamento nuclear? Perguntei-me aqui e aqui.
Though the subject of speculation by open-source researchers for years, new research undertaken by Beyond Parallel has located 13 of an estimated 20 North Korean missile operating bases that are undeclared by the government.»
«Kim Jong Un tests 'high-tech' weapon in message to the US
North Korea has tested a "newly developed ultramodern" weapon in an event supervised by leader Kim Jong Un, state media said Friday, amid faltering nuclear disarmament negotiations with the United States.»
Alguém acredita que Kim alienará a sua nomenclatura político-militar subtraindo-lhe o armamento nuclear? Perguntei-me aqui e aqui.
16/11/2018
ESTADO DE SÍTIO: A suprema ejaculação dos órgãos legislativos (3)
Outras supremas ejaculações: (1) e (2)
Sabeis quantos crimes foram imputados pelo Ministério Público aos cromos da Juve Leo e ao seu capo Bruno? 4441 crimes aos 44 arguidos, cabendo ao capo 98.
Sabeis quantas alterações já sofreu o Código Penal aprovado pelo Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de Setembro? 42 (quarenta e duas) que acrescentaram resmas de novos crimes - só «crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual» já existem 15 (quinze).
Percebeis porque qualquer processo tem muitos milhares de páginas e nalguns casos centenas de milhar de páginas? O processo do Marquês tem «centenas de caixotes com os volumes e apensos do processo, mais de 1400 páginas de requerimentos de abertura de instrução». Percebeis porque existem condenados há anos ainda em liberdade?
Sabeis quantos crimes foram imputados pelo Ministério Público aos cromos da Juve Leo e ao seu capo Bruno? 4441 crimes aos 44 arguidos, cabendo ao capo 98.
Sabeis quantas alterações já sofreu o Código Penal aprovado pelo Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de Setembro? 42 (quarenta e duas) que acrescentaram resmas de novos crimes - só «crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual» já existem 15 (quinze).
Percebeis porque qualquer processo tem muitos milhares de páginas e nalguns casos centenas de milhar de páginas? O processo do Marquês tem «centenas de caixotes com os volumes e apensos do processo, mais de 1400 páginas de requerimentos de abertura de instrução». Percebeis porque existem condenados há anos ainda em liberdade?
DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: Web Summit - as 200 mil dormidas já ninguém nos tira (4)
Uma sequela de (1), (2) e (3)
O presidente do IST, um olhar conhecedor, visita a Web Summit e conclui que «é inevitável ficar com a sensação que as tecnologias e a inovação lá apresentadas são, na sua grande maioria, superficiais. Existem centenas de expositores que promovem serviços e produtos semelhantes, sem qualquer carácter distintivo e com uma componente de inovação muito limitada».
Em matéria de tecnologia e inovação estamos conversados. Contudo, dirão os crentes que a Web Summit é uma plataforma para promover o empreendedorismo nas tecnologias através das celebradas startups. Pois dirão, mas o certo é que segundo o relatório da Scaleup Portugal o investimento em startups tecnológicas reduziu-se em 14% entre 2011 e 2016. Até Nicolau Santos, o insuspeito pastorinho da economia dos amanhãs que cantam, concedeu num momento raro de lucidez que «a Web Summit não só não dinamizou a aposta nas empresas tecnológicas portuguesas, como não conseguiu atrair nem novas ideias nem investidores estrangeiros para startups portuguesas»
Que a mudança de Dublin para Lisboa trouxe vantagens para o Paddy não há dúvida: a garantia de 11 milhões durante 10 anos foi para ele uma lança em África - expressão que se adequa bastante ao caso, porque a diferença com África não é assim tão grande, apesar do Paddy não ter nada a ver com o Santo Condestável. A empresa do Paddy, cuja reputação tem algumas manchas, registou um lucro de 128 mil euros em 2015, ainda em Dublin, e saltou no ano seguinte para 2,1 milhões, em Lisboa.
De resto, deixemo-nos de megalomania e tenhamos um módico de realismo. Alguma das grandes ou mesmo médias cidades europeias esteve disposta a pagar ao Paddy para ele mover o circo para lá?
Também não há dúvida que os nossos políticos estão rendidos ao evento que funciona como uma alternativa trendy ao circuito da carne assada. Por exemplo Marcelo, que aproveita para soltar o compère que há dentro de si, Costa, ainda sem o talento de Marcelo, dá o seu melhor e até Medina que faz as vezes de porteiro.
O que resta então, para além da treta dos intangíveis? Umas dezenas de milhar de visitantes (o número de participantes foi cerca de 70 mil) que gastaram umas dezenas de milhões de euros que devem valer os 11 milhões que o governo paga ao Paddy com os nossos impostos. Moral da estória: até ver, façam lá a feira mas não insultem a nossa inteligência (de quem tem alguma, claro).
O presidente do IST, um olhar conhecedor, visita a Web Summit e conclui que «é inevitável ficar com a sensação que as tecnologias e a inovação lá apresentadas são, na sua grande maioria, superficiais. Existem centenas de expositores que promovem serviços e produtos semelhantes, sem qualquer carácter distintivo e com uma componente de inovação muito limitada».
Em matéria de tecnologia e inovação estamos conversados. Contudo, dirão os crentes que a Web Summit é uma plataforma para promover o empreendedorismo nas tecnologias através das celebradas startups. Pois dirão, mas o certo é que segundo o relatório da Scaleup Portugal o investimento em startups tecnológicas reduziu-se em 14% entre 2011 e 2016. Até Nicolau Santos, o insuspeito pastorinho da economia dos amanhãs que cantam, concedeu num momento raro de lucidez que «a Web Summit não só não dinamizou a aposta nas empresas tecnológicas portuguesas, como não conseguiu atrair nem novas ideias nem investidores estrangeiros para startups portuguesas»
Que a mudança de Dublin para Lisboa trouxe vantagens para o Paddy não há dúvida: a garantia de 11 milhões durante 10 anos foi para ele uma lança em África - expressão que se adequa bastante ao caso, porque a diferença com África não é assim tão grande, apesar do Paddy não ter nada a ver com o Santo Condestável. A empresa do Paddy, cuja reputação tem algumas manchas, registou um lucro de 128 mil euros em 2015, ainda em Dublin, e saltou no ano seguinte para 2,1 milhões, em Lisboa.
De resto, deixemo-nos de megalomania e tenhamos um módico de realismo. Alguma das grandes ou mesmo médias cidades europeias esteve disposta a pagar ao Paddy para ele mover o circo para lá?
Também não há dúvida que os nossos políticos estão rendidos ao evento que funciona como uma alternativa trendy ao circuito da carne assada. Por exemplo Marcelo, que aproveita para soltar o compère que há dentro de si, Costa, ainda sem o talento de Marcelo, dá o seu melhor e até Medina que faz as vezes de porteiro.
O que resta então, para além da treta dos intangíveis? Umas dezenas de milhar de visitantes (o número de participantes foi cerca de 70 mil) que gastaram umas dezenas de milhões de euros que devem valer os 11 milhões que o governo paga ao Paddy com os nossos impostos. Moral da estória: até ver, façam lá a feira mas não insultem a nossa inteligência (de quem tem alguma, claro).
15/11/2018
Dúvidas (240) - À custa de querer parecer outros, ainda saberá ele, o homem-elástico, quem é?
Uma espécie de continuação deste post.
«O crescimento é pífio, comparado com os restantes países da UE, mas existe e é palpável e visível. Contestação social não há, e mediática também não, que o PCP e o BE tratam disso. E, ainda assim, Costa não tem maioria absoluta. Porquê? Porque os eleitores podem vê-lo como um político eficaz e habilidoso, mas não confiam nele. (...)
Sócrates era também autêntico na brutalidade dos ataques. Prometia-se um ‘animal feroz’ e entregava. Sem concessões, era vaidoso, ostensivo e de gosto arrivista duvidoso. Muitos portugueses viveram uns bons anos enamorados da peça. Passos Coelho também era autêntico naquele estilo zombie de quem recomenda que não se dê presentes de Natal aos filhos, vá lá, aos muito pequenos podia ser, e mora em Massamá em jeito de statement político. Marcelo Rebelo de Sousa é genuíno no gosto de ser beijoqueiro e abraçar toda a gente e tirar selfies.
Já António Costa não transpira autenticidade. É habilidoso, sabe negociar, dá as facadas que tem de dar para alcançar os objetivos, mas é postiço. Não é caso único. Os partidos estão repletos de políticos cujos alfa e ómega são defender o que na hora lhes traz mais apoios internos ou votos externos. Costa é só mais um. Consegue desagradar a quem defende touradas e delira com as lides e ao mesmo tempo a quem torce o nariz a torturar animais.»
Excerto de «Costa não gosta depois de gostar», Maria João Marques no Observador
Acrescentaria que o crescimento, mesmo pífio, deve-se tanto a Costa como minha à tia Elvira e gostaria de ter a certeza que os eleitores não gostam de homens-elástico, mas não estou seguro disso.
«O crescimento é pífio, comparado com os restantes países da UE, mas existe e é palpável e visível. Contestação social não há, e mediática também não, que o PCP e o BE tratam disso. E, ainda assim, Costa não tem maioria absoluta. Porquê? Porque os eleitores podem vê-lo como um político eficaz e habilidoso, mas não confiam nele. (...)
Sócrates era também autêntico na brutalidade dos ataques. Prometia-se um ‘animal feroz’ e entregava. Sem concessões, era vaidoso, ostensivo e de gosto arrivista duvidoso. Muitos portugueses viveram uns bons anos enamorados da peça. Passos Coelho também era autêntico naquele estilo zombie de quem recomenda que não se dê presentes de Natal aos filhos, vá lá, aos muito pequenos podia ser, e mora em Massamá em jeito de statement político. Marcelo Rebelo de Sousa é genuíno no gosto de ser beijoqueiro e abraçar toda a gente e tirar selfies.
Já António Costa não transpira autenticidade. É habilidoso, sabe negociar, dá as facadas que tem de dar para alcançar os objetivos, mas é postiço. Não é caso único. Os partidos estão repletos de políticos cujos alfa e ómega são defender o que na hora lhes traz mais apoios internos ou votos externos. Costa é só mais um. Consegue desagradar a quem defende touradas e delira com as lides e ao mesmo tempo a quem torce o nariz a torturar animais.»
Excerto de «Costa não gosta depois de gostar», Maria João Marques no Observador
Acrescentaria que o crescimento, mesmo pífio, deve-se tanto a Costa como minha à tia Elvira e gostaria de ter a certeza que os eleitores não gostam de homens-elástico, mas não estou seguro disso.
14/11/2018
CASE STUDY: Voltando ao ponto de partida
Economist |
Em 1989, por alturas do massacre da Praça Tiananmen, o PIB (PPP) da China representava 4% do PIB mundial e actualmente representa 19%, quase 5 vezes mais em termos relativos. Já agora, acrescente-se que, no seu conjunto, as economias emergentes aumentaram a sua quota na economia mundial de 36% para 59%, muito à custa da China, evidentemente. Quando ouvirdes a esquerdalhada (e uma parte da direita, para dizer a verdade) dos países ocidentais queixar-se do empobrecimento da humanidade pela globalização, lembrai-vos que para a esquerdalhada a humanidade reside toda nos países ocidentais, porque na Ásia e em outras regiões do mundo que saíram maciçamente da miséria vivem humanóides.
CASE STUDY: Um imenso Portugal (47) - De como um militar democrata se converte ao fascismo
[Outros imensos Portugais]
Fernando Azevedo e Silva é um general que havia sido nomeado pelos governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff para vários cargos. Era, pois, um militar democrata.
Fernando Azevedo e Silva é um general que havia sido nomeado pelos governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff para vários cargos. Era, pois, um militar democrata.
Não mais. Acabou de ser nomeado ministro da Defesa pelo presidente eleito Jair Messias Bolsonaro. Passou, pois, a ser um militar fascista.
13/11/2018
CASE STUDY: Trumpologia (42) - Quanto mais o detractam, mais a freguesia eleitoral gosta do Donaldo
Mais trumpologia.
«A razão principal para muitas pessoas gostaram de Trump não parece estar de todo relacionada com as suas qualidades ou com as suas políticas. A razão é, acima de tudo, o ódio aos democratas, uma pulsão que os cientistas políticos designam como "partidarismo negativo". Dificilmente alguém disse que gostava de Trump sem desde logo criticar os seus oponentes. Isso, mais do que o nacionalismo de Trump, o populismo ou a duplicidade do seu chauvinismo, são a essência do seu apelo divisionista. É isso que ele se esforça para amplificar. Foi por isso que Hillary Clinton, a besta negra favorita da direita, era seu oponente perfeito. "Eu acordo todos os dias e dou graças a Deus por ela não ser presidente", disse Beth, quando lhe perguntaram como Trump se está saindo.
É também por isso que os ataques ao governo por jornalistas liberais (entenda-se jornalistas de esquerda) são muito mais visíveis para os seus eleitores do que o que as provocações que Trump faz a esses jornalistas. Esses ataques confirmam que Trump tem os inimigos certos. Na raiz disto está um sentimento de ansiedade cultural e de ressentimento contra a América liberal (de novo, entenda-se América de esquerda), com os seus valores politicamente correctos e os seus comediantes sarcásticos, que o Presidente é apenas mais um republicano a explorar. (...)
Uma sondagem em 2016 mostrou que os republicanos votaram em Trump apesar de terem dúvidas sobre seu carácter e as suas políticas. Os seus ratings sólidos entre os republicanos sugerem agora que, em matéria de lealdade política, que tende a ser emocional, essa dissonância não poderia manter-se. O carácter e as políticas de Trump são basicamente os mesmos, mas os republicanos têm agora menos dúvidas. É difícil imaginar algo que Trump faça para essas dúvidas voltarem.»
Excerto de «The Trump cult - Republican voters love the president for whom he hates», na Economist
Trump agradece a obsessão do jornalismo de causas e da esquerdalhada |
É também por isso que os ataques ao governo por jornalistas liberais (entenda-se jornalistas de esquerda) são muito mais visíveis para os seus eleitores do que o que as provocações que Trump faz a esses jornalistas. Esses ataques confirmam que Trump tem os inimigos certos. Na raiz disto está um sentimento de ansiedade cultural e de ressentimento contra a América liberal (de novo, entenda-se América de esquerda), com os seus valores politicamente correctos e os seus comediantes sarcásticos, que o Presidente é apenas mais um republicano a explorar. (...)
Uma sondagem em 2016 mostrou que os republicanos votaram em Trump apesar de terem dúvidas sobre seu carácter e as suas políticas. Os seus ratings sólidos entre os republicanos sugerem agora que, em matéria de lealdade política, que tende a ser emocional, essa dissonância não poderia manter-se. O carácter e as políticas de Trump são basicamente os mesmos, mas os republicanos têm agora menos dúvidas. É difícil imaginar algo que Trump faça para essas dúvidas voltarem.»
Excerto de «The Trump cult - Republican voters love the president for whom he hates», na Economist
12/11/2018
Crónica da avaria que a geringonça está a infligir ao País (161)
Outras avarias da geringonça e do país.
Já repararam no contraste entre uma parada militar empinocada, diria até megalómana, e a indigência de forças militares que não cumprem os compromissos com a Nato e, mais grave ainda, se deixam enredar em episódios trágico-cómicos como a palhaçada de Tancos?
Igualmente empinocada, e diria até megalómana, é a prestação mediática do novo secretário de Estado da Energia que se assume como o grande líder da transição energética, fala de Trump, um tema incontornável para qualquer imbecil, e evoca o seu antigo patrão Sócrates (fonte). Extasiado com a sua recém-adquirida importância perora também sobre os hospitais.
Para continuar com coisas empinocadas, cito o anúncio do governo na feira de vacuidades da Web Summit de 190 milhões de euros para PME portuguesas inovadoras, que se suspeita ser uma espécie de ressurreição dos 200 milhões de 2017 e/ou dos 400 milhões de 2016. Com feira de vacuidades não quero significar que a Web Summit é inútil. Não, ela é útil como evento turístico que atrai umas dezenas de milhar de estrangeiros que gastarão por cá o suficiente para pagar os 10 milhões do nosso dinheiro que o Tó paga ao Paddy. Quanto ao resto, cito Arlindo de Oliveira, presidente do IST, que nos diz que «as tecnologias e a inovação lá apresentadas são, na sua grande maioria, superficiais.»
Já repararam no contraste entre uma parada militar empinocada, diria até megalómana, e a indigência de forças militares que não cumprem os compromissos com a Nato e, mais grave ainda, se deixam enredar em episódios trágico-cómicos como a palhaçada de Tancos?
Igualmente empinocada, e diria até megalómana, é a prestação mediática do novo secretário de Estado da Energia que se assume como o grande líder da transição energética, fala de Trump, um tema incontornável para qualquer imbecil, e evoca o seu antigo patrão Sócrates (fonte). Extasiado com a sua recém-adquirida importância perora também sobre os hospitais.
Para continuar com coisas empinocadas, cito o anúncio do governo na feira de vacuidades da Web Summit de 190 milhões de euros para PME portuguesas inovadoras, que se suspeita ser uma espécie de ressurreição dos 200 milhões de 2017 e/ou dos 400 milhões de 2016. Com feira de vacuidades não quero significar que a Web Summit é inútil. Não, ela é útil como evento turístico que atrai umas dezenas de milhar de estrangeiros que gastarão por cá o suficiente para pagar os 10 milhões do nosso dinheiro que o Tó paga ao Paddy. Quanto ao resto, cito Arlindo de Oliveira, presidente do IST, que nos diz que «as tecnologias e a inovação lá apresentadas são, na sua grande maioria, superficiais.»
11/11/2018
Para a corporação dos intermediários só devem existir os mídia em que a corporação tem o monopólio
Sobre este tema, escrevi há uns anos no post «Em defesa do acesso dos idiotas à expressão da sua idiotice nas redes sociais»:
... a internet nos proporciona a liberdade de expressão numa espécie de mercado onde concorrem as ideias (e as idiotices, claro) pela atenção dos consumidores de ideias e dos analistas de ideias, dos opinion dealers e toda a parafernália de intermediários sempre presentes em todos os mercados e que neste caso opinam sobre a opinião. Sem essa liberdade precisaríamos de uma comissão que decretaria a opinião oficial, a opinião oficiosa e as opiniões toleradas. Qual seria o resultado? Não precisamos imaginar, basta ver o que se passa na China, na Coreia do Norte, na Venezuela, em Cuba, na Rússia, etc.Henrique Monteiro, uma alma tresmalhada da corporação dos intermediários, escreveu no mesmo sentido no Expresso deste fim de semana o artigo «A falácia das redes sociais como culpada dos males do mundo» que é uma ilha de lucidez no oceano de obscuridade dos escritos dos membros da corporação. Aqui vai ele integralmente.
CONDIÇÃO MASCULINA: O feminismo como machismo das mulheres
«Petiscos de coquetel - fatias finas de pepino enroladas ao redor de camarões grelhados e cogumelos assados cobertos com pequenas porções de creme de queijo - predominam na inauguração da Mia, no centro da Cidade do México, um espaço de coworking exclusivo para mulheres. Dois DJs, um casal de jovens de Havana, abanam as cabeças em uníssono com as batidas electrónicas. Mas há mais do que diversão e comida no menu.
O novo espaço de trabalho fica no sexto andar de um prédio antigo clássico com vista para o majestoso Monumento a la Revolución, o monumento que comemora a Revolução do México. Os participantes do lançamento - há tantos homens quanto mulheres tomando champanhe rosa - estão a preparar a sua própria revolução.
A Cidade do México não tinha espaços de coworking exclusivos para mulheres há apenas quatro anos. Mia («minha» em espanhol), que abriu em Outubro, é um dos três desses espaços, dois dos quais lançados no ano passado. Esses espaços - Co-Madre e Spacioss são os outros - estão a tentar nivelar o campo de actuação para mulheres empreendedoras no México, criando comunidades e plataformas que os encorajam a ter sucesso. Juntos, os três espaços de coworking podem alojar 400 mulheres. O seu aparecimento coincide com uma mudança fundamental na capital de um país que faz parte de uma região conhecida por atitudes machistas e pela subjugação das mulheres.»
THE NEW MEXICAN REVOLUTION? WOMEN-ONLY WORKPLACES na OZY
Etiquetas:
Desfazendo ideias feitas,
Iguais mas diferentes,
mais do mesmo
10/11/2018
Mitos (283) - A violência política está a aumentar nos Estados Unidos? Não, não está
The Economist |
Os violinos de Chopin da ministra socialista da Cóltura
Se fosse coisa de um secretário de Estado da Cultura sem cartão do PS seria um escândalo nacional a Sul, a Norte, a Este e a Oeste do Sado. Pois não é ignorância mais grave para a Cóltura desconhecer a Pátria do que ignorar para que instrumento musical um compositor polaco compôs?
[Lido no Blasfémias]
Etiquetas:
a nódoa cai em qualquer pano,
cóltura,
Ridendo castigat mores
09/11/2018
ESTADO DE SÍTIO: O amiguismo como doutrina oficial do regime
«... Tomás Correia [que quase faliu o Montepio Geral, arguido em vários casos e com a sua gestão a ser investigada pelo MP e pelo BdP] foi capaz de constituir uma equipa que integra o inevitável padre Vítor Melícias (presidente da Assembleia Geral), uma administradora da confiança do actual Governo (a socialista Idália Serrão, que faz parte do Conselho Nacional do PS), e um Conselho Geral que percorre todas as capelinhas de acesso ao poder político: Maria de Belém Roseira, Luís Patrão (velho amigo de José Sócrates e Armando Vara e membro da Comissão Permanente do PS), o social-democrata José de Matos Correia, e até a comunista Maria das Dores Meira, presidente da Câmara de Setúbal.
Mas se esta equipa é constituída por políticos profissionais, que estão infelizmente habituados a circular em ambientes pouco arejados, a forma como Tomás Correia conseguiu, no mês de Novembro de 2018, com toda a gente já fartinha de saber o que foi o seu consulado à frente do Montepio, apresentar uma Comissão de Honra com tantas personalidades destacadas da sociedade portuguesa, é coisa para me encher de vergonha alheia. Olhem-me para esta lista: Manuela Ramalho Eanes, Rui Nabeiro, Vasco Lourenço, Francisco Moita Flores, José Eduardo Martins, Jorge Coelho, Edmundo Martinho (provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa), Carlos Zorrinho, Fernando Seara, aos quais convém adicionar aqueles que, segundo li no jornal i, estiveram na cerimónia de apresentação da candidatura: Camané, Cuca Roseta, Maria do Céu Guerra, Carlos Lopes, João Pedro Pais, Vitorino, Hélder Moutinho, António Manuel Ribeiro (UHF), António-Pedro Vasconcelos, os ex-presidentes do Sporting Godinho Lopes e Sousa Cintra, “entre outras figuras públicas”.»
O veneno do amiguismo nacional, João Miguel Tavares no Público
Lema impertinente:
Os cidadãos deste país não devem ter memória curta e deixar branquear as responsabilidades destas elites merdosas que nos têm desgovernado e pretendem ressuscitar purificadas das suas asneiras, incompetências e cobardias.
Mas se esta equipa é constituída por políticos profissionais, que estão infelizmente habituados a circular em ambientes pouco arejados, a forma como Tomás Correia conseguiu, no mês de Novembro de 2018, com toda a gente já fartinha de saber o que foi o seu consulado à frente do Montepio, apresentar uma Comissão de Honra com tantas personalidades destacadas da sociedade portuguesa, é coisa para me encher de vergonha alheia. Olhem-me para esta lista: Manuela Ramalho Eanes, Rui Nabeiro, Vasco Lourenço, Francisco Moita Flores, José Eduardo Martins, Jorge Coelho, Edmundo Martinho (provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa), Carlos Zorrinho, Fernando Seara, aos quais convém adicionar aqueles que, segundo li no jornal i, estiveram na cerimónia de apresentação da candidatura: Camané, Cuca Roseta, Maria do Céu Guerra, Carlos Lopes, João Pedro Pais, Vitorino, Hélder Moutinho, António Manuel Ribeiro (UHF), António-Pedro Vasconcelos, os ex-presidentes do Sporting Godinho Lopes e Sousa Cintra, “entre outras figuras públicas”.»
O veneno do amiguismo nacional, João Miguel Tavares no Público
Lema impertinente:
Os cidadãos deste país não devem ter memória curta e deixar branquear as responsabilidades destas elites merdosas que nos têm desgovernado e pretendem ressuscitar purificadas das suas asneiras, incompetências e cobardias.
¿Por qué no te callas? (23) - Warum hältst du nicht die Klappe?
Cada tiro, cada melro |
Perguntava-me eu aqui há tempos, o que se pode esperar de um líder que se apresenta como um campeão da ética e escolhe como seus lugares-tenentes um Barreiras Duarte, uma Elina Fraga e um Salvador Malheiro? Acrescento agora que se pode esperar escolher um José Silvano e dizer sandices de cada vez que abre a boca.
08/11/2018
A defesa dos centros de decisão nacional (26) - A Cimpor, do Brasil até Forças Armadas turcas
[Continuação de (1), (2), (3), (4), (5), (6), (7), (8), (9), (10), (11), (12), (13), (14), (15), (16), (17), (18), (19), (20), (21), (22), (23), (24) e (25)]
Recordemos, uma vez mais, os inúmeros manifestos pela defesa dos centros de decisão nacional, alguns deles assinados por empresários que passado algum tempo venderam a estrangeiros as suas empresas e as inúmeras declarações no mesmo sentido da esquerdalhada em geral. Recordemos também que esta necessidade de vender o país aos retalhos surge pelo endividamento gigantesco de públicos e privados e pela consequente descapitalização da economia portuguesa, consequência de décadas a viver acima das posses.
Em 2010 a Camargo Corrêa e a Votorantim compraram 32,9% e 21,2% da Cimpor, respectivamente, sabendo-se que uma delas iria lançar uma OPA mais tarde ou mais cedo para comprar as acções ainda nas mãos de accionistas portugueses cravejados de dívidas, como o país.
Dois anos depois, em 2012, a Camargo Corrêa lançou a OPA comprou 10,7% que Manuel Fino tinha pendurados na loja de penhores da Caixa, os 9,6% desta e os 10% do Fundo de pensões dos trabalhadores, tratados como se fossem do banco e mais umas quantas miudezas.
Em resposta à OPA da Camargo Correia, Pedro Queiroz Pereira representando os maiores accionistas da Cimpor propôs à Caixa e ao BCP comprar as acções da Cimpor detidas por estes dois bancos por troca com acções de uma holding a criar em que participariam a família Queiroz Pereira e aqueles dois bancos, a qual deteria as participações na Semapa e na Cimpor. Em alternativa, as acções da Cimpor poderiam ser pagas em dinheiro a 5,75 €. A proposta de PQP morreu na praia por oposição da Caixa e do BCP e, dado o endividamento da Carmargo Correia, ficaram criadas as condições para o passo seguinte - a venda da Cimpor.
Entretanto, o ano passado a Camargo Correia retira a Cimpor da bolsa e começa a procurar comprador para a InterCement que controlava 90% da Cimpor, para reduzir o seu pesadíssimo passivo.
Já encontrou e acaba de vender a Cimpor ao fundo de pensões das Forças Armadas turcas OYAK. É um desfecho condizente com o capitalismo português falido e pendurado no Estado Sucial através da Caixa e do BCP que durante os anos de Sócrates foi um apêndice da Caixa.
Em 2010 a Camargo Corrêa e a Votorantim compraram 32,9% e 21,2% da Cimpor, respectivamente, sabendo-se que uma delas iria lançar uma OPA mais tarde ou mais cedo para comprar as acções ainda nas mãos de accionistas portugueses cravejados de dívidas, como o país.
Dois anos depois, em 2012, a Camargo Corrêa lançou a OPA comprou 10,7% que Manuel Fino tinha pendurados na loja de penhores da Caixa, os 9,6% desta e os 10% do Fundo de pensões dos trabalhadores, tratados como se fossem do banco e mais umas quantas miudezas.
Em resposta à OPA da Camargo Correia, Pedro Queiroz Pereira representando os maiores accionistas da Cimpor propôs à Caixa e ao BCP comprar as acções da Cimpor detidas por estes dois bancos por troca com acções de uma holding a criar em que participariam a família Queiroz Pereira e aqueles dois bancos, a qual deteria as participações na Semapa e na Cimpor. Em alternativa, as acções da Cimpor poderiam ser pagas em dinheiro a 5,75 €. A proposta de PQP morreu na praia por oposição da Caixa e do BCP e, dado o endividamento da Carmargo Correia, ficaram criadas as condições para o passo seguinte - a venda da Cimpor.
Entretanto, o ano passado a Camargo Correia retira a Cimpor da bolsa e começa a procurar comprador para a InterCement que controlava 90% da Cimpor, para reduzir o seu pesadíssimo passivo.
Já encontrou e acaba de vender a Cimpor ao fundo de pensões das Forças Armadas turcas OYAK. É um desfecho condizente com o capitalismo português falido e pendurado no Estado Sucial através da Caixa e do BCP que durante os anos de Sócrates foi um apêndice da Caixa.
Dúvidas (239) - A Web Summit não era para promover startups, a inovação tecnológica e o empreendedorismo?
«Da igualdade de género à privacidade: 5 temas que marcaram o dia 1 da Web Summit» a saber:
- Igualdade de Género: “As mulheres são sobreviventes. Este é um problema social”
- Privacidade e Facebook: É preciso “manter as informações das pessoas em segurança”
- Criptomoedas: 25 dólares para cada participante da Web Summit
- Fake news: “Uma mentira percorre meio mundo antes de a verdade ter tempo de vestir as calças”
- Prémio Inovação Europeia: 1 milhão de euros para Atenas»
07/11/2018
CASE STUDY: Um imenso Portugal (46) - As justiças são todas iguais mas há umas mais iguais do que outras
[Outros imensos Portugais]
Um belo exemplo de duplicidade de critérios e da doutrina Somoza que a esquerdalhada tanto aprecia:
«É tão giro ver nos intelectuais da esquerda à direita, comentadores e comunicação social, uma preocupação obsessiva com a nomeação do Juiz Sérgio Moro para ministro da justiça brasileira, lalegando que põe em causa o princípio da separação de poderes. Bem, eu devo ser realmente muito ignorante por ver exactamente o oposto. Porque este medo não é normal num país cuja Ministra da Justiça veio do TCIAP e é juíza do Supremo Tribunal de Justiça. A pergunta é: que “confissão” deu Van Dunem ao aceitar o cargo no ministério ou isto passou ao lado destes comentadores?
Não compreendo como é que um país, que além disto, tem um PGR nomeado por governos, uma eleição de juízes por via electrónica, se acha com superioridade moral para opinar sobre outros países que, por muito que lhes custe admitir, estão a fazer melhor que nós na área da justiça. Ou já se esqueceram que no Brasil os corruptos já estão na cadeia a cumprir pena (e mais irão), os processos são céleres e nós, além de os ter todos soltos e a viver bem – alguns até já condenados – não se prevê que sejam julgados ou presos tão cedo. E mais: há o risco de “prescrição” de uns e o habitual arquivamento por “falta de provas”, de outros.»
A confissão de Francisca Van Dunem segundo a “teoria do Daniel Oliveira”, Cristina Miranda no Blasfémias
Um belo exemplo de duplicidade de critérios e da doutrina Somoza que a esquerdalhada tanto aprecia:
«É tão giro ver nos intelectuais da esquerda à direita, comentadores e comunicação social, uma preocupação obsessiva com a nomeação do Juiz Sérgio Moro para ministro da justiça brasileira, lalegando que põe em causa o princípio da separação de poderes. Bem, eu devo ser realmente muito ignorante por ver exactamente o oposto. Porque este medo não é normal num país cuja Ministra da Justiça veio do TCIAP e é juíza do Supremo Tribunal de Justiça. A pergunta é: que “confissão” deu Van Dunem ao aceitar o cargo no ministério ou isto passou ao lado destes comentadores?
Não compreendo como é que um país, que além disto, tem um PGR nomeado por governos, uma eleição de juízes por via electrónica, se acha com superioridade moral para opinar sobre outros países que, por muito que lhes custe admitir, estão a fazer melhor que nós na área da justiça. Ou já se esqueceram que no Brasil os corruptos já estão na cadeia a cumprir pena (e mais irão), os processos são céleres e nós, além de os ter todos soltos e a viver bem – alguns até já condenados – não se prevê que sejam julgados ou presos tão cedo. E mais: há o risco de “prescrição” de uns e o habitual arquivamento por “falta de provas”, de outros.»
A confissão de Francisca Van Dunem segundo a “teoria do Daniel Oliveira”, Cristina Miranda no Blasfémias
DIÁRIO DE BORDO: Senhor, concedei-nos a graça de não termos outros cinco anos de TV Marcelo (66) - Será Tancos o virar de página?
Outras preces
Já aqui me tinha perguntado porque está calado Marcelo, logo ele que nunca se cala e até responde a perguntas que ninguém lhe faz? Ora porque haveria de ser? Ficou com o rabo entalado em Tancos? É isso que insinua o nosso Maquiavel do Rato, que, como se vê, chega e sobeja para o maquiavelismo tagarela de Belém e não papa a vichyssoise, nem espera que Cristo desça à terra.
O silêncio numa criatura que produz torrentes de palavras significa imenso e, para que não restassem dúvidas, quando o quebrou acabou a confirmar o que o silêncio sugeriu, produzindo uma nota, em vez dos comentários do costume, onde garantiu que «nunca recebeu o director da PJM» e «não teve qualquer reunião bilateral». Nota que me pareceu equivalente àquelas garantias de Bill Clinton «fumei mas não inalei» e «nunca tive sexo com essa mulher» (nessa altura na doutrina jurídica americana o sexo implicava penetração e não incluía o felácio).
Aparentemente este episódio está a ser uma viragem de página no estatuto de intocável de Marcelo. Não por acaso, esta viragem de página tem também a mãozinha do especialista em viragens de páginas - António Costa, ele próprio, que diz estranhar que Marcelo «não se tem cansado de expressar publicamente a sua ansiedade» e coloca-se à disposição da comissão de inquérito, passando por cima do conselho do candidato a seu ministro adjunto Rui Rio.
Alguns sinais impensáveis até recentemente:
Já aqui me tinha perguntado porque está calado Marcelo, logo ele que nunca se cala e até responde a perguntas que ninguém lhe faz? Ora porque haveria de ser? Ficou com o rabo entalado em Tancos? É isso que insinua o nosso Maquiavel do Rato, que, como se vê, chega e sobeja para o maquiavelismo tagarela de Belém e não papa a vichyssoise, nem espera que Cristo desça à terra.
O silêncio numa criatura que produz torrentes de palavras significa imenso e, para que não restassem dúvidas, quando o quebrou acabou a confirmar o que o silêncio sugeriu, produzindo uma nota, em vez dos comentários do costume, onde garantiu que «nunca recebeu o director da PJM» e «não teve qualquer reunião bilateral». Nota que me pareceu equivalente àquelas garantias de Bill Clinton «fumei mas não inalei» e «nunca tive sexo com essa mulher» (nessa altura na doutrina jurídica americana o sexo implicava penetração e não incluía o felácio).
Aparentemente este episódio está a ser uma viragem de página no estatuto de intocável de Marcelo. Não por acaso, esta viragem de página tem também a mãozinha do especialista em viragens de páginas - António Costa, ele próprio, que diz estranhar que Marcelo «não se tem cansado de expressar publicamente a sua ansiedade» e coloca-se à disposição da comissão de inquérito, passando por cima do conselho do candidato a seu ministro adjunto Rui Rio.
Alguns sinais impensáveis até recentemente:
- Rui Rio faz de Maquiavel de província e diz «até ver, eu não coloco isso no patamar do Presidente da República»; «até ver» é o grau possível de sofisticação maquiavélica do homem que tem a ambição de ser ajudante do Maquiavel do Rato;
- O jornalista Martim Silva do semanário de reverência insinua que o episódio da recandidatura em função da Web Summit foi apenas uma manobra para desviar as atenções e lamenta ter ressuscitado «o Marcelo criador de factos políticos que de tanto fazer cenários por vezes parecer dar nós em si próprio»;
- O jornalista Vítor Rainho regista que «não deixa de ser estranho ver o Presidente da República a desmentir a toda a hora que tenha tido algum encontro com o ex-diretor da PJM [quando] as imagens televisivas são muito claras»;
- O comentador João Lemos Esteves, que se confessa amigo de Marcelo, chama-lhe «co-primeiro-ministro», «guardião da geringonça», «absolvendo-se a ele próprio», «sabe mais do que diz que sabe», e classifica a declaração de Marcelo durante a parada proferida como «completamente estapafúrdia – e imprópria de um verdadeiro comandante supremo das forças armadas».
Se isto não é um virar de página (verdadeiro, ao contrário do fim da austeridade de Costa), parece.
06/11/2018
DIÁRIO DE BORDO: A esquerda estúpida (quase toda) é muito mais estúpida do que a direita estúpida
Para uma grande parte da esquerda actual, Le Pen, Trump, Bolsonaro, etc., são fascistas, não porque partilhem a doutrina de Hitler ou Mussolini, mas porque fascista é o maior insulto que essa esquerda consegue produzir.
Porquê o maior insulto? Porque o fascismo criou sistemas ditatoriais, opressivos e beligerantes que praticaram o genocídio, produziram dezenas de milhões de vítimas e perseguiram tenazmente a esquerda.
O comunismo criou sistemas ditatoriais, opressivos e beligerantes que praticaram o genocídio, produziram o dobro das vítimas do fascismo durante o triplo do tempo e perseguiram tenazmente todos os opositores de direita e de esquerda.
É por isso razoável esperar que comunista seja o maior insulto que a direita consegue produzir. No entanto, só um número negligenciável de pessoas muito estúpidas de direita rotularam Miterrand, Obama, Lula, etc., de comunistas.
Qed
CASE STUDY: Trumpologia (41) - Coisas que a narrativa esquerdóide sobre a trumpologia não permite compreender
Mais trumpologia.
«Trump Forces Big Pharma to Swallow a Bitter Pill
The president has been tougher on drug companies than Barack Obama on an issue that animates voters of all political stripes.
(...) Trump’s drug politics, particularly around pricing and opioid abuse, remain attractive two years after his election. As Erickson stated, the Food and Drug Administration under Trump has approved more generic drugs than ever before, clearing a record 971 during fiscal year 2018.
The president also signed two bills in October designed to prevent “gag order” agreements prohibiting pharmacists from helping patients find lower-cost alternatives to the big-money brands. Those brands, in turn, argue that the billions it costs them to develop new pharmaceuticals should grant them a monopoly on those cures once they are brought to market. Since Trump announced a nearly 50-point blueprint to reduce drug costs in early May, there have been fewer brand-name-drug price hikes. An Associated Press investigation found that drug prices on average are still rising, but less dramatically than in the past.»
«Trump Forces Big Pharma to Swallow a Bitter Pill
The president has been tougher on drug companies than Barack Obama on an issue that animates voters of all political stripes.
(...) Trump’s drug politics, particularly around pricing and opioid abuse, remain attractive two years after his election. As Erickson stated, the Food and Drug Administration under Trump has approved more generic drugs than ever before, clearing a record 971 during fiscal year 2018.
The president also signed two bills in October designed to prevent “gag order” agreements prohibiting pharmacists from helping patients find lower-cost alternatives to the big-money brands. Those brands, in turn, argue that the billions it costs them to develop new pharmaceuticals should grant them a monopoly on those cures once they are brought to market. Since Trump announced a nearly 50-point blueprint to reduce drug costs in early May, there have been fewer brand-name-drug price hikes. An Associated Press investigation found that drug prices on average are still rising, but less dramatically than in the past.»
OZI
Se o Donaldo fez as grandes farmacêuticas engolir uma pílula amarga isso, muito provavelmente, não o livrará de ele próprio ter de engolir a pílula da derrota dos republicanos nas eleições intercalares, perdendo a maioria numa das câmaras, ou na duas.
Se o Donaldo fez as grandes farmacêuticas engolir uma pílula amarga isso, muito provavelmente, não o livrará de ele próprio ter de engolir a pílula da derrota dos republicanos nas eleições intercalares, perdendo a maioria numa das câmaras, ou na duas.
05/11/2018
Crónica da avaria que a geringonça está a infligir ao País (160)
Outras avarias da geringonça e do país.
Para quem imagina que geringonça é um expediente inócuo para cumprir a ambição de Costa ser primeiro-ministro apesar de ter perdido as eleições, é melhor pensar outra vez. O custo para o país de cavalgar as políticas públicas socialistas erradas com as políticas absurdas de comunistas e bloquistas não se limita às parvoíces da «horrível catequese identitária», como lhes chamou Sérgio Sousa Pinto, um socialista antigo adepto das causas fracturantes que com a idade ganhou algum siso.
A redução das propinas das universidades, um osso que Costa deu ao BE para roer debaixo da mesa orçamental, é mais exemplo de uma bandeira esquerdista que beneficia as famílias com maiores rendimentos e não compensa as de baixos rendimentos para quem bolsas e alojamentos de baixo custo seriam preferíveis. Outro exemplo, ainda não consumado mas que pode por em risco a gestão privada dos cinco novos hospitais anunciados (mais uma vez) pelo governo, é o combate em nome de uma concepção soviética do Estado às Parcerias Público-Privadas hospitalares que uma vez mais se confirmaram ser a solução mais eficiente e, portanto, com mais qualidade e mais barata para os contribuintes, da gestão hospitalar: em cem hospitais os melhores são três PPP.
Para quem imagina que geringonça é um expediente inócuo para cumprir a ambição de Costa ser primeiro-ministro apesar de ter perdido as eleições, é melhor pensar outra vez. O custo para o país de cavalgar as políticas públicas socialistas erradas com as políticas absurdas de comunistas e bloquistas não se limita às parvoíces da «horrível catequese identitária», como lhes chamou Sérgio Sousa Pinto, um socialista antigo adepto das causas fracturantes que com a idade ganhou algum siso.
A redução das propinas das universidades, um osso que Costa deu ao BE para roer debaixo da mesa orçamental, é mais exemplo de uma bandeira esquerdista que beneficia as famílias com maiores rendimentos e não compensa as de baixos rendimentos para quem bolsas e alojamentos de baixo custo seriam preferíveis. Outro exemplo, ainda não consumado mas que pode por em risco a gestão privada dos cinco novos hospitais anunciados (mais uma vez) pelo governo, é o combate em nome de uma concepção soviética do Estado às Parcerias Público-Privadas hospitalares que uma vez mais se confirmaram ser a solução mais eficiente e, portanto, com mais qualidade e mais barata para os contribuintes, da gestão hospitalar: em cem hospitais os melhores são três PPP.
04/11/2018
Bolsonaro não foi eleito por milagre, lembrou Fernanda Montenegro
Diferentemente do que imagina a luso-esquerdalhada, as opiniões dos brasileiros não se dividem entre fascismo (que é uma doutrina só conhecida dos brasileiros de esquerda) e pêtismo (que é uma corrente que os brasileiros conhecem demasiado bem).
Já pelo menos uma vez Fernanda Montenegro, uma notável actriz brasileira, foi citada no (Im)pertinências. Por exemplo este artigo sobre os Homens.
Já pelo menos uma vez Fernanda Montenegro, uma notável actriz brasileira, foi citada no (Im)pertinências. Por exemplo este artigo sobre os Homens.
03/11/2018
Dúvidas (238) - Será que falar sobre pedofilia na Igreja Católica (por exemplo) é uma contribuição para um debate sério?
Uma cidadã austríaca realizou em 2008 vários seminários com o tema «Informações básicas sobre o Islão» no Instituto de Educação do Partido da Liberdade (Freiheitliche Partei Österreichs) onde referiu que o profeta Maomé era apresentado pelo islamismo como um exemplo de ser humano perfeito a ser seguido pelos crentes, o que ela entendia ser negativo porque Maomé «era um senhor da guerra, teve muitas mulheres e gostava de fazê-lo com as crianças».
Chegados aqui é oportuno remeter para o que escrevi há 15 anos: segundo o lente Bukhari, os companheiros do Profeta relataram que, certa altura, o Arcanjo Gabriel apareceu a Maomé, que na época tinha 50 anos, e revelou-lhe desnudada uma menina de 6 (seis) anos, chamada Aisha. O Profeta já tinha várias esposas (à data da morte tinha 9, segundo as escrituras), e a sua libido, talvez por isso, estava exaurida.
Três anos depois, o Profeta desposou a pequena Aisha, então com 9 anos. Logo após as núpcias, a falecida libido do Profeta ressuscitou e retomou o ímpeto dos 40 anos, sempre segundo as fontes citadas pelo lente Bukhari. E desta maneira Aisha arrumou a concorrência e tornou-se a favorita do Profeta, que dizem as crónicas preferia "comer os frutos de árvores intocadas".
Voltando à actualidade, a cidadã austríaca foi condenada por difamação do profeta Maomé num tribunal regional austríaco e apelou para o Supremo Tribunal da Áustria que confirmou a decisão. Inconformada, apelou para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos que no passado dia 25 de Outubro confirmou a decisão dos tribunais austríacos porque, segundo o Tribunal, a alegação da preferência sexual de Maomé «não foi uma contribuição para um debate sério». Note-se en passant que o Tribunal Europeu entendeu relevante na decisão qualificar o Instituto de Educação do Partido da Liberdade como right-wing.
Chegados aqui é oportuno remeter para o que escrevi há 15 anos: segundo o lente Bukhari, os companheiros do Profeta relataram que, certa altura, o Arcanjo Gabriel apareceu a Maomé, que na época tinha 50 anos, e revelou-lhe desnudada uma menina de 6 (seis) anos, chamada Aisha. O Profeta já tinha várias esposas (à data da morte tinha 9, segundo as escrituras), e a sua libido, talvez por isso, estava exaurida.
Três anos depois, o Profeta desposou a pequena Aisha, então com 9 anos. Logo após as núpcias, a falecida libido do Profeta ressuscitou e retomou o ímpeto dos 40 anos, sempre segundo as fontes citadas pelo lente Bukhari. E desta maneira Aisha arrumou a concorrência e tornou-se a favorita do Profeta, que dizem as crónicas preferia "comer os frutos de árvores intocadas".
Voltando à actualidade, a cidadã austríaca foi condenada por difamação do profeta Maomé num tribunal regional austríaco e apelou para o Supremo Tribunal da Áustria que confirmou a decisão. Inconformada, apelou para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos que no passado dia 25 de Outubro confirmou a decisão dos tribunais austríacos porque, segundo o Tribunal, a alegação da preferência sexual de Maomé «não foi uma contribuição para um debate sério». Note-se en passant que o Tribunal Europeu entendeu relevante na decisão qualificar o Instituto de Educação do Partido da Liberdade como right-wing.
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02/11/2018
CASE STUDY: Um imenso Portugal (45) - São ambos suspeitos de crimes diferentes
[Outros imensos Portugais]
«Dez presidenciáveis aparecem como réus em 151 ações no Judiciário
[entre eles:]
Jair Bolsonaro
Com cinco processos na pesquisa, o candidato do PSL tem pedidos de indenização por danos morais (33%), criminais (17%), direito civil (17%), injúria (17%) e responsabilidade civil (17%). As ações aparecem no Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e São Paulo. Do total, 40% tiveram distribuição em 2015, e outros 40%, em 2017.
Fernando Haddad
O petista apareceu como réu em São Paulo e Minas Gerais, sendo que 94% dos processos são da Justiça estadual, e os 6% restantes, da Federal. Desde outubro de 2013, o ano com mais processos distribuídos contra Haddad foi 2016, quando perdeu a reeleição à prefeitura da capital paulista. Improbidade administrativa é a razão da maioria das ações (13%), seguida por atos administrativos e violação dos princípios administrativos (8% cada um). Pedidos de ordem urbanística e moradia representam 3% dos processos.»
Fonte: Boletim de Notícias ConJur 28-09-2018
«Dez presidenciáveis aparecem como réus em 151 ações no Judiciário
[entre eles:]
Jair Bolsonaro
Com cinco processos na pesquisa, o candidato do PSL tem pedidos de indenização por danos morais (33%), criminais (17%), direito civil (17%), injúria (17%) e responsabilidade civil (17%). As ações aparecem no Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e São Paulo. Do total, 40% tiveram distribuição em 2015, e outros 40%, em 2017.
Fernando Haddad
O petista apareceu como réu em São Paulo e Minas Gerais, sendo que 94% dos processos são da Justiça estadual, e os 6% restantes, da Federal. Desde outubro de 2013, o ano com mais processos distribuídos contra Haddad foi 2016, quando perdeu a reeleição à prefeitura da capital paulista. Improbidade administrativa é a razão da maioria das ações (13%), seguida por atos administrativos e violação dos princípios administrativos (8% cada um). Pedidos de ordem urbanística e moradia representam 3% dos processos.»
Fonte: Boletim de Notícias ConJur 28-09-2018
Pro memoria (387) - E em 2020 ou 2021?
«O diabo não veio em 16, não veio em 17, não veio em 18 e não tem encontro marcado para 2019». Declarações do primeiro-ministro António Costa após o debate do OE 2017.
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a memória dos povos é curta,
é muito para um homem só
01/11/2018
Ainda vão sentir a falta da Mutti
Spectator |
O sonho de qualquer esquerdista é introduzir entropia na secretaria de Estado da Energia
«Como pessoa de esquerda encontro na área da energia o sonho de qualquer esquerdista», disse João Galamba, secretário de Estado da Energia, João Galamba, na sua primeira intervenção pública sobre as prioridades da transição energética (era para ser este o nome da secretaria de Estado).
Suspeito que o sonho deste esquerdista vai colidir com a realidade da mudança de paradigma que o governo vai ter de fazer para acomodar os compromissos, tais como as "rendas excessivas", assumidos com os accionistas da EDP para pagarem o preço que pagaram. No final, o esquerdista vai acabar no bolso de Mexia a servir de escudo para o assédio dos outros esquerdistas.
Suspeito que o sonho deste esquerdista vai colidir com a realidade da mudança de paradigma que o governo vai ter de fazer para acomodar os compromissos, tais como as "rendas excessivas", assumidos com os accionistas da EDP para pagarem o preço que pagaram. No final, o esquerdista vai acabar no bolso de Mexia a servir de escudo para o assédio dos outros esquerdistas.
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