Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

14/11/2018

CASE STUDY: Voltando ao ponto de partida


Economist
Se considerarmos como centro de gravidade da economia mundial as coordenadas do globo terrestre correspondentes à média ponderada pelo peso económico medido pelo PIB das coordenadas das diferentes regiões ao longo da história, chegamos ao mapa construído pela Economist que nos mostra esse centro de gravidade a deslocar-se nos últimos 20 séculos uns 7 ou 8 mil km, o equivalente a cerca de um quinto do perímetro da terra. Curiosamente, voltando quase ao mesmo ponto onde se encontrava no início da revolução industrial.

Em 1989, por alturas do massacre da Praça Tiananmen, o PIB (PPP) da China representava 4% do PIB mundial e actualmente representa 19%, quase 5 vezes mais em termos relativos. Já agora, acrescente-se que, no seu conjunto, as economias emergentes aumentaram a sua quota na economia mundial de 36% para 59%, muito à custa da China, evidentemente. Quando ouvirdes a esquerdalhada (e uma parte da direita, para dizer a verdade) dos países ocidentais queixar-se do empobrecimento da humanidade pela globalização, lembrai-vos que para a esquerdalhada a humanidade reside toda nos países ocidentais, porque na Ásia e em outras regiões do mundo que saíram maciçamente da miséria vivem humanóides.

Sem comentários: