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11/10/2018

CASE STUDY: Um imenso Portugal (44) - Lá, como cá e noutros lados, há artistas que vivem numa bolha

[Outros imensos Portugais]

Primeiro foi Daniela Mercury, uma cantora baiana, que publicou um vídeo #EleNão numa campanha anti-Bolsonaro, rotulando-o de nazi, homofóbico e machista. O vídeo teve uma dezena de milhar de likes e um milhão de dislikes. Alguns dias depois foi vaiada num conceito e, segundo alguns, mandou os espectadores «tomar no cu».

Esta semana, já depois de conhecidos os resultados da 1.ª volta em que Bolsonaro teve quase 50 milhões de votos, Roger Walters, o líder dos Pink Floyd, uma banda britânica da terceira idade, durante os concertos em S. Paulo mostrou na tela uma lista de «neofascistas» com Bolsonaro, Trump, Putin, Orbán e Kaczynski, as cores da bandeira LGBT e #Elenão.  Foi aplaudido e muito vaiado e alguns espectadores mostraram-lhe uma faixa pedagógica «Fuck you, Roger. Play the song».

Como explicar esta tendência de artistas se tornarem numa espécie de «idiotas úteis» (eram assim que os comunistas chamavam aos intelectuais das democracias simpatizantes da ditadura soviética) ao serviço da esquerdalhada, bramando contra os fascistas (para eles, fascistas são todos os descrentes da sua religião) e silenciarem os ditadores venerados pela esquerdalhada? Vivem numa bolha, protegidos da realidade? Não fazem ideia nenhuma do que pensa a populaça que confundem com os seus fâs? Consumo de substâncias proibidas, como admitiu um dia o rocker de direita Alice Cooper (nascido Vincent Damon Furnier) em relação os rockers esquerdistas? Talvez um pouco de tudo isso.

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