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12/07/2017

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (159) - Eles não precisaram de ser pressionados

O relatório preliminar da comissão de inquérito (CPI) à Caixa e à sua gestão entre 2000 e 2016, redigido pelo deputado socialista Carlos Pereira, concluiu depois de ouvir 19 responsáveis políticos e ex-gestores que «as pressões para a aprovação de crédito de favor foram liminarmente afastadas por todos os responsáveis da empresa (Caixa) que marcaram presença na CPI».

Sem vasculhar no pântano do crédito concedido aos amigos do regime e às empresas do regimes durante décadas e limitando-se a ouvir os 19 apparatchiks do PS e do PSD todos eles comprometidos até ao tutano com o complexo político-empresarial socialista o que esperavam concluir? Esperavam que eles se acusassem de ter acedido às "sugestões" de financiamento dos elefantes brancos e das manobras do regime?

A CPI podia pelo menos ter tomado conhecimento do acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa que concluiu que «os presentes autos têm por objeto a suspeita de que a CGD tem vindo a acumular, desde pelo menos meados da década de 2000, um conjunto de negócios consubstanciados em concessões de crédito, sem que as mesmas se revelassem colateralizadas por garantias bancárias adequadas aos montantes mutuados».

Ou podia também ter conhecido pelos jornais (ou, vá lá, ter lido este nosso post de 2009) do célebre caso do empréstimo da Caixa a Joe Berardo para comprar acções do BCP dando-as como colateral. Acções que passaram a não valer um caracol e por isso os bancos credores pediram a execução da colecção Berardo para tentarem recuperar alguma coisa da dívida de 500 milhões.

E, por falar em colecção Berardo, permitam-me recordar este outro nosso post de 2007 sobre o albergue dado pelos governos socialistas (os do PSD também não estão inocentes) às obras do Joe primeiro em Sintra e depois no CCB.

2 comentários:

Unknown disse...

varas?! santos ferreiras?!

Never heard...

Anónimo disse...

Muito mais simples. Simplex no máximo.

«Já chegámos â Madeira» fala o povo.