Como é que o querido líder pode saber se os recados da mini central de manipulação do doutor Cavaco sobre as suspeitas de escutas são «disparates»? Poderá garantir que nenhum das centenas ou milhares de funcionários públicos (ou privados) preparados para montar uma escuta está a fazê-lo? Obviamente que não pode. Não podendo garantir e se não ordenou as escutas, faria sentido classificar as suspeitas como «disparates»? Obviamente que não faria sentido. Porquê então, num clima de crispação com Belém, Sócrates utiliza a sua mega central de manipulação para classificar como «disparates» as suspeitas?
Há várias respostas possíveis. A que melhor se adequa à sua difícil convivência com a verdade, à ausência de escrúpulos que tem demonstrado e aos apparatchiks que o rodeiam, é que José Sócrates no mínimo sabe que as escutas estão a ser feitas e no máximo ordenou-as.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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