A insustentável leveza da sustentabilidade da Segurança Social
Como o país (isto é, as pessoas com pelo menos meia dúzia de neurónios a funcionar) se deu conta a semana passada, a Segurança Social passou em poucos dias da sustentabilidade ad eternum para o descalabro anunciado - ver aqui o vídeo da CNN com as sucessivas estórias contadas pelo Dr. Costa sobre este tema desde 2018.
Para justificar que a actualização automática das pensões não terá lugar em 2023, apesar de prevista na lei, porque, segundo o governo, anteciparia em cinco anos o défice da Segurança Social, a trafulhice chegou ao ponto de as projecções da ministra das Pensões apresentadas ao parlamento a semana passada omitirem mais de 1.300 milhões de aumento das receitas resultante da inflação e a redução das despesas com o subsídio de desemprego. Sem esquecer que tais projecções contrariam completamente o relatório de 21 páginas inserto no OE 2022, apresentado pelo ministro das Finanças e aprovado há 3 meses, onde se concluiu que o Fundo de Estabilização da Segurança Social sobreviria até 2060.
O Estado sucial gerido pelo PS & Cª diz querer acabar com os “precários”, mas apenas está a empobrecê-los
Eurostat |
Transformar em vitalícios os "precários" tem sido uma bandeira dos governos socialistas desde o Eng. Guterres e objecto de grande desvelo por parte da extinta geringonça. Além do seu número ter vindo a aumentar (sobretudo como consequência da rigidez do mercado de trabalho), também o risco de pobreza e de exclusão social não só aumentou como é o maior de toda a UE, com excepção da Roménia sobrevivente do colapso do socialismo soviético.
«A educação é a nossa paixão» ou de como o socialismo torna escasso o que é abundante
Apesar de entre 2015 e 2019 o número médio de alunos por turma em Portugal se ter reduzido de 21,2 para 20,9 e o número de professores entre 2015 e 2021 ter aumentado de 97.100 para 102.077 (Pordata) continuam as queixas da falta de professores. Talvez a explicação deva procurar-se nos 7.500 professores (mais de 7% do total) com baixa ou em “mobilidade por doença” ou nos 2 mil professores “cedidos” “às mais variadas instituições” (sindicatos na sua maioria). Se o Dr. Costa tivesse uma empresa de construção civil no Sará, em breve faltaria a areia.
Para suprir a “falta” de professores, o ministério vai preencher 80% dos horários com professores sem formação específica.
O governo do Dr. Costa como saco de gatos
O primeiro-ministro manda revogar o despacho do ministro da TAP e dos aeroportos. O ministro das Finanças manda calar o da Economia que havia admitido a descida do IRC, ministro da Economia que já havia sido mandado calar por ter falado na windfall tax sobre os lucros das energéticas.
Take Another Plan
Se fosse um “privado” seria um escândalo, mas tratando-se da TAP é uma coisa normal deixar que fossem expostos os dados pessoais de dúzias de dignitários do regime, incluindo S. Ex.ªs o PR e o primeiro-ministro.
(Continua)
1 comentário:
Milton Friedman:
Se colocarem o governo federal para administrar o deserto do Saara, em cinco anos faltará areia.
Abraço
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