«Os Portugueses vivem em permanente representação, tão obsessivo é neles o sentimento de fragilidade íntima inconsciente e a correspondente vontade de a compensar com o desejo de fazer boa figura, a título pessoal ou colectivo. A reserva e a modéstia que parecem constituir a nossa segunda natureza escondem na maioria de nós uma vontade de exibição que toca as raias da paranoia, exibição trágica, não aquela desinibida que é característica de sociedades em que o abismo entre o que se é e o que se deve parecer não atinge o grau patológico que existe entre nós».Escreveu Eduardo Lourenço, que teve ganas de dissecar a "alma" portuguesa exaltada pelas elites merdosas que fingem venerar o povo para darem graxa a si próprias.
Todos os dias encontramos exemplos semeados nos mídia desse desejo obsessivo de aparecer a propósito das coisas mais ridículas.
A propósito, por exemplo, de um petroleiro que encalhou no Suez, que é o facto relevante, o qual por coincidência, tinha partido de Portugal, que é o facto irrelevante - afinal ele teria de partir de algum lado e o facto de ter partido de Sines é igual ao litro e não consigo imaginar a outra imprensa salientar que o petroleiro tivesse saído do respectivo país. O evento deu origem a uma peça da Agência Lusa - a Tass do PS - que foi glosada em inúmeras referências nos jornais de ontem e até por alguns títulos, como:
1 comentário:
Em gaiato havia o dito para os forretas: iam cortar o cabelo a Cacilhas (por ser 0.50$ mais barato).
Ai...
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