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27/09/2022

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (33b)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.


Já é o mafarrico e já se sente o cheiro das brasas

O desemprego começa a dar alguns sinais de que irá voltar com a inevitável recessão a caminho - apesar da redução homóloga em relação ao ano passado, em Agosto o desemprego aumentou 1,9% em ao mês anterior relação.

Segundo as estimativas do Conselho das Finanças Públicas, o crescimento de 2023 não ultrapassará 1,2%, de onde a taxa anual de crescimento entre 2019 e 2023 será pouco superior a 1%.

As taxas de juro continuam a sua trajectória ascendente com a Euribor 12 meses em 2,5% e as emissões da semana passada de BT a 6 meses e 12 meses tiveram yields de 1,291% e 1,916%, respectivamente, contra -0,179% e 0,236% das últimas emissões.

Se a coisa corre mal não é por falta de esforço da imprensa amiga

Com títulos como «PIB aumentou 7,0% para 214,5 milhões em 2021», que poderia ser PIB reduziu-se em 2021 relativamente a 2019, «Abaixo da linha vermelha. Dívida pública nos 118,9% este ano», que poderia ser dívida pública 16 mil milhões acima da de 2019, «Portugal tem excedente de 0,8% do PIB no primeiro semestre», que poderia ser receita fiscal aumentou mais de 20% e a despesa de capital diminuiu 8% (INE), não será por falta de boa-vontade e de fé que o mafarrico virá.

«Empresa Financeiramente Apoiada Continuamente (pelo) Estado Central»

A EFACEC, nacionalizada por um governo do PS que sucedeu a outro governo do PS que havia facilitado a entrada de Isabel dos Santos, depois de inúmeros anúncios pelo Dr. Siza Vieira foi finalmente vendida em Abril ao grupo DST e a operação continua a ser avaliada pela DGComp que desconfia de um auxílio do Estado à DST. Enquanto isso, a EFACEC continua a afundar-se e estava falida no fim do primeiro semestre com as vendas a caírem 40%, um prejuízo de 53 milhões, a dívida acima de 220 milhões e os capitais próprios negativos.

O socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros, disse Lady Tatcher sem saber que o governo do Dr. Costa nem o dinheiro dos outros consegue investir

A pouco mais de um ano do limite para investir os fundos do Portugal 2020, o governo do Dr. Costa ainda só conseguiu investir 40% da grana disponível para as 20 maiores obras públicas, em resultado de uma combinação de incompetência na gestão dos projectos com as cativações orçamentais que afectam a parte desses projectos dependente do investimento público.

Os quereres do Dr. Costa não são poderes

No caso dos fundos não aplicados do Portugal 2020, Helena Matos pode não ter razão quando se refere aos «quereres do Governo que pouco faz mas muito quer se forem os outros a pagar». Razão que lhe sobra nos outros casos como o querer do governo chegar às 300 mil casas para arrendar, querer que vai em 7 anos de anúncios dos programas de renda acessível concorrentes do Dr. Pedro Nuno, como ministro do pelouro, e do Dr. Medina, como presidente da câmara de Lisboa, programas que foram fiascos acabados.

De volta ao velho normal

Terminados os confinamentos da pandemia o povo voltou às compras com os dinheiritos que não tinha conseguido gastar e os resultados foram os do costume: a taxa de poupança voltou ao nível habitual (5,9%) de menos de metade da taxa média da Zona Euro (13%) e o défice externo das balanças corrente e de capital chegou a 2,8 mil milhões até Julho, contra um superavit e 275 milhões o ano passado.

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