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04/08/2020

Comportamentos racistas em Portugal não fazem de Portugal um país racista, tal como a existência de áctivistas anti-rácistas não faz de Portugal um país de imbecis

«Em Portugal, vivemos dias particularmente sensíveis. Por razões justificadas, movimentos de minorias têm vindo a organizar a sua actividade na defesa de interesses e na afirmação de cidadania. Por razões de oportunismo, alguns movimentos e forças políticas entenderam explorar todas as situações em que possam enxertar a indignação e a solidariedade selectivas. Assim é que se tenta exacerbar a questão do racismo em Portugal, em polémica quase sempre destituída de razão. 

O problema tem sentido. Mas a polémica é inútil e artificial. Há racismo em Portugal? Com certeza. Há racistas em Portugal? Evidentemente. Portugal é um país racista? Não, nem faz sentido tal observação. Na legislação, nos tribunais, nos sistemas de saúde e educação, em nenhum dispositivo legal há conteúdos racistas e de segregação racial objectiva. Mais: a legislação e a Constituição proíbem as manifestações de racismo. São estas considerações que permitem dizer que “Portugal não é um país racista”, o que parece ferir as sensibilidades de alguns políticos, mas também que as designações de “racismo estrutural” e “racismo sistémico” são meros divertimentos semióticos de quem quer alimentar uma disciplina na sua faculdade

Crime e preconceito, António Barreto

2 comentários:

Afonso de Portugal disse...

«também que as designações de “racismo estrutural” e “racismo sistémico” são meros divertimentos semióticos de quem quer alimentar uma disciplina na sua faculdade.»»

Não. Isto é pura ingenuidade por parte do AB. O "racismo estrutural/sistémico" são, acima de tudo, estratégia políticas de galvanização das minorias e captação do seu voto. A sua génese até pode ser a universidade, mas o seu destino final é a governação. Ou, pelo menos, é o destino ambicionado pelos seus criadores. Basta olhar para o que se tem passado nos EUA ao longo das últimas semanas para o percebermos.

Não podemos continuar a infantilizar os docentes universitários de esquerda. É um erro pelo qual já pagámos muito caro no passado e pelo qual pagaremos ainda mais caro no futuro, se não começarmos a levar esta gentalha a sério!

João Nobre disse...

A conversa do racismo já fede! Por este andar, qualquer dia dar um peido ao pé de um preto também vai ser racismo. A nossa sociedade está a ser levada a reboque da conversa de lunáticos de esquerda.