Com as últimas sondagens a darem uma vantagem de 13 pontos percentuais a Joe Biden, multiplicam-se os sinais de que diminuem as chances de Donald Trump vencer as próximas eleições contra um dos candidatos democratas mais fracos e incaracterísticos das últimas décadas. É preciso recuar até às eleições de 1988 ou 1984 com Michael Dukakis e Walter Mondale, respectivamente, para encontrar candidatos comparáveis.
Os índices da aprovação também mostram que os adeptos incondicionais não aumentam e os opositores incondicionais não diminuem, to say the least. O último comício em Tulsa no sábado foi fiasco e a reduzida assistência deixou Trump furioso com... os seus assessores.
Por outro lado, as deserções continuam - George Bush e Mit Romney declararam formalmente que não votarão em Trump (*) - e a mais recente de John Bolton fez-se com grande estardalhaço com a publicação de um livro, que Trump tentou por todos os meios impedir sem sucesso, em que revela factos como: o pedido de ajuda à China para ganhar a reeleição; encorajamento de Xi Jinping para construir campos de reeducação para os Uigures; oferta de favores pessoais a vários ditadores e, à maneira de Xi Jinping, a vontade de ter um terceiro mandato (a Constituição fixa um máximo de dois). O livro refere igualmente alguns exemplos da ignorância terminal de Trump, como o desconhecimento de que o Reino Unido é uma potência nuclear e pensar que a Finlândia fazia parte da Rússia. Fica-se também a saber o que o secretário de Estado Mike Pompeo descreve Trump como «full of shit».
É claro que é sempre possível aos devotos refugiarem-se nas teorias da conspiração e admitirem que o livro foi encomendado pelos democratas. No caso do antigo NSA é um pouco mais difícil, porque Bolton, ao contrário de Trump que foi democrata até 1987 e entre 2001 e 2009, tem um passado político bem estabelecido de direita como conservador "americanista" (nas suas próprias palavras), "unilaterista" e isolacionista.
Sobretudo para a direita conservadora, o insucesso de Trump deveria ser um alívio porque a criatura, com o seu comportamento errático e os seus sérios distúrbios de personalidade, desacredita até as ideias de jeito que possa ter tido e dá à esquerdalhada o pretexto para meter no mesmo saco gente e políticas sérias.
(*) Rectificação:
Não é verdade que George Bush e Mit Romney tenham declarado formalmente que não votarão em Trump. Citando a Fox News (que suporta Trump): «Former President George W. Bush and Sen. Mitt Romney, R-Utah, are reportedly not expected to support the reelection of President Trump -- two high profile GOP figures who are believed to be avoiding backing the Republican president in November». Se as hipóteses de Trump continuarem a diminuir, muitos outros dignitários republicanos que não se lhe opõem receando perder votos desertarão do seu campo.
(*) Rectificação:
Não é verdade que George Bush e Mit Romney tenham declarado formalmente que não votarão em Trump. Citando a Fox News (que suporta Trump): «Former President George W. Bush and Sen. Mitt Romney, R-Utah, are reportedly not expected to support the reelection of President Trump -- two high profile GOP figures who are believed to be avoiding backing the Republican president in November». Se as hipóteses de Trump continuarem a diminuir, muitos outros dignitários republicanos que não se lhe opõem receando perder votos desertarão do seu campo.
5 comentários:
AHAHAH!
Bush e Mit Romney foram apoiantes de Trump?!
Impertinente é urgente deixar de ler o DN e actualizar as fontes.
Agora é snifar uma coisa forte e começar a escrever um post com um elogio ao candidato democrata. Não esqueça de relatar os actuais dotes oratórios, lucidez e independência do Biden em contraste com a demência evidente do Trump.
As sondagens, a tantos meses das eleições, significam muito pouco, caro Impertinente. A ridícula Hilária também tinha a eleição no papo em 2016. Claro que o fiasco de Tulsa pode ser o prenúncio de algo maior... mas ainda me parece cedo para dar o homem por abacado.
Romney foi o único senador republicano que votou a favor da condenação do presidente Donald Trump no processo de Impeachment.
Bush, Romney, Colin Powell e certamente muitos outros, nunca foram apoiantes de Trump, com todo o direito. São eméritos representantes do deep state.
Notícia digna de registo seria se apoiassem Trump.
Trump é o que se vê. Mas se for um esquerdoide para o poder americano, acaba-se qualquer veleidade de democracia na Europa. Ou, como alguns preconizam, não se vai conseguir evitar a guerra civil.
O ocidente está muito perigoso.
Pode fazer a lista dos disparates do Trump?
Estes posts parecem a tralha dos esquerdalhas: só adjetivos e nenhum facto.
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