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08/08/2019

De pequenino se torce o pepino do corporativismo da guilda médica


Para a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) «existe um número excessivo de estudantes de Medicina para a capacidade que o ensino médico têm para leccionar. “Nas condições atuais, aumentar o número de estudantes prejudica o ensino e compromete a formação com a qualidade que o país necessita”, lê-se na nota. Como possível solução, a ANEM também rejeita a criação de novas faculdades pois tem potencial para prejudicar a qualidade de formação.» (fonte)

2 comentários:

Anónimo disse...

Na década de 1970, em Harvard, em cada ano concorriam 2.000 para o curso de Medicina. Após as provas (teoria e avaliação pessoal) só eram admitidos uns 100. Se, durante os 5 anos do curso, alguém chumbava, a Escola ia indagar e incomodar o professor, porque era inadmissível que alguém chumbasse num lote tão seleccionado. O professor não se apercebera, p.ex., de uns factores humanos (perda de Pai ou Mãe, v.g.).

Na década de 1960 em Lisboa, em cada ano, 90% dos inscritos em Anatomia Descritiva chumbavam. Funcionava como 'número clausus'.

O curso durava 7 anos. Saíamos e, se se quisesse melhorar, requentava-se o Internato Geral que nos dava a práctica geral do dia-a-dia. Coisa única: era o curso universitário que garantia 2 anos de treino pago pelo estado. Senão, ia-se trabalhar como Médico num bairro ou na província. Quem tinha unhas, tocava.
Só os fraquitos queriam ser 'especialistas'.

Fazia-se Urgências Internas (sozinhos, mas com o telefone do Responsável que aparecia quando achasse que havia um problema sério) e Bancos de 24 horas. Não vi ninguém com burn out...
Após o glorioso, a média de inscrições no Banco ultrapassava 1.000 por dia.

Não havia mariquices.

Anónimo disse...

Faltou um dado: em Lisboa, os cursos tinha menos de 120-130 finalistas.