O antigo ministro do PS Ferro Rodrigues, acusado por um ex-aluno da Casa Pia de ser cliente de Carlos Silvino, propôs uma acção contra o ex-aluno acusando-o de difamação. O Ministério Público arquivou o inquérito de falsas declarações, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa resolveu não pronunciar o aluno e o Tribunal da Relação de Lisboa resolveu agora arquivar o recurso interposto por Ferro Rodrigues, pronunciando-se no mesmo sentido do TIC - o ex-aluno não mentiu.
Vamos ver se eu percebo. O MP e dois tribunais, o de 1.ª e o de 2.ª instância, concluíram que o ex-aluno não mentiu quando acusou Ferro Rodrigues de actos pedófilos. Certo? Certo. Não tendo mentido, terá dito a verdade. Certo? Errado. Nenhum tribunal o está a julgar por esses alegados crimes e o Ministério Público, que se saiba, não tem em curso nenhum inquérito.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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11/10/2009
A prova de Ferro e o silogismo imperfeito da justiça portuguesa
Etiquetas:
insultos à inteligência,
justiça de causas
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