«Muitos se lembrarão de quando António Costa decidiu, na Assembleia da República, introduzir uma forte crispação no debate, dirigindo-se ao líder do Chega e repetindo num tom de confronto direto: “Você comigo não passa, tudo nos separa.”
Estava encontrado o mote para o PS fazer o seu número de esquerda nos debates e confrontos com o Chega como, aliás, se tem visto desde aí.
Mas se o PS combate frontalmente o Chega no plano verbal procurando o maior ruído mediático, pelas razões que já avançámos, no plano prático quer em relação à política do seu Governo quer ao modo como muitos dos seus membros encaram o serviço público e a maioria absoluta como impunidade absoluta, o PS é um dos grandes responsáveis pelo crescimento da influência social e eleitoral do Chega. (...)
Na verdade, o Chega cresce à sombra da política do PS. (...)
Com a maioria absoluta, o PS, ao mesmo tempo que, em palavras, combate o Chega, é com a sua política o seu maior promotor.
Não haja dúvidas que nas próximas eleições o PS vai repetir o número e vai continuar a jogar com o medo e a afirmar que ele é a barreira ao perigo do Chega.
Não, não é.
O PS é, com a sua política do bloco central das negociatas a que regressou em força com a maioria absoluta, um dos principais promotores do Chega e este é um seu “seguro de vida” eleitoral!»
Excertos de um artigo de?
3 comentários:
O artigo não é acompanhado a fotografia do autor... este é o mesmo Carvalhas que liderou o PCP?
Se é, esta sua "análise", que curiosamente é partilhada por muitas comentadeiras afectas ao PSD e ao CDS, é perfeitamente compreensível. Errada, mas perfeitamente compreensível.
O PCP subsistiu várias décadas à custa do fantasma do "fascismo" e da bandeira dos "direitos dos trabalhadores". O povo demorou, mas finalmente percebeu que a repressão de Esquerda mete o "fascismo" no bolso e que os "direitos dos trabalhadores" jamais poderão ser assegurados por um partido cuja ideologia é o antónimo da criação de riqueza. Eleição atrás de eleição, o PCP vai perdendo votos merecidamente... e só podemos esperar que tenha o mesmo destino do CDS.
Não admira, pois, que o Carvalhas esteja tão revoltado. O sucesso do Chega é o reflexo do seu insucesso.
Caríssimo Afonso!
Quando volta a dar vida ao Totalitarismo Universalista?
Bem falta faz...
Mas ponha-o lá com vida se for possível nem que seja para servir de arquivo e eixo de ligação para outros blogues merecedores de visita.
Quanto à política, não só o Costa não quer saber do futuro (do país) como não tem noção do que deveria ser claro para todos - especialmente quando as sondagens após seis meses (?) de maioria absoluta dão PS 30% e Chega 15%, ou seja, o Chega já vale metade que o eterno todo poderoso PS:
As duas muletas do PS à esquerda: O PS pa jovens e o PS pa velhos estão a morrer, deixaram de ser cool, de estar na moda ou de ter relevância política / reivindicativa. Embora o primeiro ainda terá uma linha de vida agarrada à menina Mortágua.
Do lado direito, as duas muletas do PS: O CDS, já morreu, o PSD degrada-se a olhos vistos, incapaz de fazer governo com o Chega e incapaz de fazer oposição ao PS.
O futuro será do Chega.
O futuro será do Nacionalismo.
E os "boomers" que por aqui se passeiam e escrevem nem sequer têm noção da força do Nacionalismo entre os mais novos.
Cumprimentos, Grande Afonso,
IRF
Um dia, o PS e o PSDois vão fazer um governo de coligação, em nome da "defesa da democracia, do estado de direito" e demais tretas. Quanto mais depressa esse dia chegar, melhor, porque será o último governo da abrilada.
E o Chega é uma fraude, como, a seu tempo, muitos dos seus votantes descobrirão.
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