(Continuação de 29a)
Se eles o dizem…
O relatório sobre o Questionário da Independência Judicial de 2022 da RECJ, com a participação de 15.821 juízes de 27 países, concluiu que 26% dos cerca de 500 juízes portugueses acreditavam ter havido durante os últimos três anos juízes que aceitaram subornos ou estiveram envolvidos nalguma forma de corrupção. A ministra da Justiça assobiou e chutou para o lado dizendo que «foi uma situação absolutamente excepcional», situação que outros relatórios já tinham mostrado.
«Em defesa do SNS, sempre»
Uma das consequências imprevistas das políticas de remendos para defenderem o SNS, dizem, adoptadas pelo Dr. Costa e a sua ajudante Dr.ª Temido pagarem muito mais a alguns médicos do que os “privados”. Por exemplo, os chamados tarefeiros (em muitos casos médicos do SNS a fazerem horas extraordinárias nas urgências de outros hospitais) podem receber mais de 2 mil euros por dia nas urgências.
«Pagar a dívida é ideia de criança»
O endividamento da economia, isto é, a dívida total das empresas não financeiras e das famílias, teve um crescimento de 24,1 mil milhões no 1.º semestre atingindo 794,8 mil milhões, garantido assim que no próximo semestre será ultrapassado a cifra “mágica”, como dizem os patetas, de 800 mil milhões. As yields da dívida pública dos PIGS, incluindo Portugal, continuam a subir em todos os prazos.
Nos últimos 3 anos o principal índice bolsista perdeu 6 empresas cotadas e apesar do aumento nos últimos dois anos tem hoje valores que são uma fracção dos valores da primeira década deste século. É um bom indicador do estado do capitalismo português periférico e dependente.
Euronext |
O Estado sucial como máquina de extorsão
O International tax competitiveness Index 2021 da Tax Foundation apurou que entre os 37 países da OCDE Portugal continua a ser o 34.º na competitividade fiscal, o 35.º na fiscalidade empresarial (tem o IRC total mais alto dos 37), o 31.º no IRS, o 33.º no IVA, e o 20.º no IMI.
O International tax competitiveness Index 2021 da Tax Foundation apurou que entre os 37 países da OCDE Portugal continua a ser o 34.º na competitividade fiscal, o 35.º na fiscalidade empresarial (tem o IRC total mais alto dos 37), o 31.º no IRS, o 33.º no IVA, e o 20.º no IMI.
2 comentários:
Licenciado em 1068. Comecei trabalhando no 'privado' mas não na privada. Associo esta palavra à reforma em francês: la retraite = a retrete.
Bons tempos do retorno dos emigrantes...
Há uns 49 anos quem chumbasse no exame para admissão a uma especialidade ficava sem emprego. Inventou-se os tarefeiros. Como sabíamos, eram gente de segunda ou de terceira para chumbar em tal exame — de bosta segundo mamadou baila ba.
Durante um ano levei em cima com 6—seis—6 tarefeiros na equipa de Banco (agora é urgências) que chefiava. Só dois eram bons profissionais; os outros só nos davam ralações.
Na altura nunca preocupei com o que ganhavam.
Querem mais & melhor? Assinalem que eu conto mais estórias deste SNS.
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