O Dr. Galamba, actual secretário de Estado «para a Transição», que «frequentou um doutoramento em Filosofia Política na London School of Economics» (não me perguntem o que é frequentar um doutoramento) e foi uma espécie apoderado do Sr. Eng. José Sócrates, anunciou há três meses uma «mega fábrica de hidrogénio em Sines» em parceria com a Holanda. Seis dias depois a Holanda esclareceu que «ainda é cedo» para falar disso.
Desde então o Dr. Galamba, à míngua de obra «para a Transição», vem vendendo a sua imagem numa campanha pessoal a pretexto do hidrogénio. A pesquisa «fábrica de hidrogénio em Sines» tem mais de cinco mil resultados.
Uma das suas últimas iniciativas foi uma entrevista ao Eco onde põe à solta a sua megalomania e se refere à coisa como o «maior projetco industrial desde o 25 de Abril», «com um horizonte de desenvolvimento até 2030 e além dessa data» e garante que será assinado em Março ou Abril.
Segundo ele, não começará antes de 2021 (esta garantia é para valer, digo eu) e envolverá um investimento de 3.500 milhões de euros. E de onde virão esses milhões perguntareis curiosos e eu convosco. Da Óropa? Do orçamento do Dr. Centeno? Nada disso, das empresas privadas, explica a criatura, limitando-se o Estado Sucial ao papel de promotor.
Zeppelin Hindenburg em 6 de Maio de 1937 |
Já estou a ver os privados a fazerem bicha à porta do gabinete do Dr. Galamba para entrarem com os seus milhões que ele transformará em hidrogénio que, como se sabe, é um dos gases menos densos e por isso serviu para encher balões, nada impedindo que possa vir a encher o balão do Dr. Galamba. Infelizmente para ele o hidrogénio é altamente inflamável, de modo que bem pode acontecer ao seu balão o mesmo que ao Zeppelin Hindenburg.
2 comentários:
Infelizmente somos um país, e um povo, de "galambas" - i.e. os "salcedes" do nosso tempo...
Ora bolas!
Frequentar um dótóramento é, num anfiteatro, andar a pedir BICs emprestadas pra escrever ao pais.
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