Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

02/02/2020

DIÁRIO DE BORDO: Senhor, concedei-nos a graça de não termos outros cinco anos de TV Marcelo (98) - "Apenas marxista"

Outras preces

Em Maio de 1974, durante uma espécie de ensaio do PREC do ano seguinte, o MRPP, onde à época militavam Durão Barroso e Ana Gomes, pretendeu sanear na Faculdade de Direito (uma espécie de Palácio de Inverno para o maoismo) o professor Cavaleiro Ferreira. Contra o saneamento estavam as forças conservadoras de então lideradas pelos comunistas, acreditem se quiserem.

Esse episódio, evocado pelo Expresso, é relatado por Domingos Lopes, um histórico do PCP, agora desalinhado, na época do lado das forças conservadoras, que conta na sua autobiografia agora publicada ter sido abordado por Marcelo Rebelo de Sousa que lhe disse «uma coisa muito simples: estava totalmente do nosso lado, o que nos separava era o leninismo, ele considerava-se apenas marxista».

Domingos Lopes acrescenta em duas linhas inspiradas uma espécie de retrato à la minute do artista quando jovem:
«Marcelo, já em 1974, tinha no seu ADN esta faceta de ser o que é preciso em cada momento para surfar sem ir ao fundo, mesmo renegando o que era».

2 comentários:

Anónimo disse...

Pelas mesmas razões chamava-se “o rolha” ao presidente Costa Gomes. Este é, portanto, o rolha2.

Anónimo disse...

Muito esclarecedoras linhas de Domingos Lopes.