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01/02/2020

TIROU-ME AS PALAVRAS DA BOCA: Nada será como dantes e o quartel-general mudou-se de Abrantes

«Em quase todas estas mudanças as elites foram apanhadas de surpresa – porque se operou uma verdadeira clivagem social e política e porque a comunicação social também não conseguiu perceber o que se estava a passar. Em quase todas estas mudanças a nova esquerda, urbana, classe média, instruída, bem na vida, foi apanhada em contra-pé: não vivia nos mesmos bairros, não tinha andado nas mesmas escolas, não via os mesmos programas de televisão, não andava nos mesmos transportes, no fundo não conhecia os “de baixo” que dizia representar. Sem surpresa, deixou de os representar. Deixou de ter as mesmas preocupações e inquietações, e trocou de agenda. Sendo que sua nova agenda, mais fracturante e mais identitária, nada diz à velha base social dos partidos da esquerda tradicional.

É assim que o Chega obtém os seus melhores resultados em freguesias suburbanas (e no Alentejo) enquanto o mais puro produto desta nova esquerda, o Livre, tem as suas melhores votações em freguesias como a do Bairro Alto, em Lisboa.»

Excerto de «Os pais votam comunista e os filhos no Chega», José Manuel Fernandes no Observador

Não deixe de ler o artigo completo, uma análise lúcida fora da caixa do pensamento único que molda as meninges das nossas elites. Elites «apanhadas de surpresa» estão a caminho de deixar de o ser, porque vão atrás dos acontecimentos incapazes de os dirigir ou mesmo de os influenciar, vivem dentro de uma das várias bolhas onde praticam masturbação grupal.

10 comentários:

Anónimo disse...

Estimado Impertinente,
Há para aí uns três anos que deixei de ligar ao JMF.
1o, porque burro velho e maoísta não aprende línguas.
20, a senilidade espelha-se nos seus olhos — já o avisei por email e mandei-o ao médico.
3o, a qualidade do ObserváCôr tem-se degradado rápida e nitidamente.
O ObserváCôr tem para lá uns fedelhos — uns 'jovens' de mais de 30-35 anos — que não dão uma prá caixa. Tem para lá uns empregados (perdão, colaboradores) que nem português sabem escrever. O que se nota logo nas 'caixas' das notícias. E aldrabam. Estavam melhor numa caixa dum supermercado.

O ObserváCôr poderia ter sido uma pedrada no charco. Tem sido um féretro para o pântano — palavra de Gutierrez (perdão gugu).

Abraço
ao

Afonso de Portugal disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Afonso de Portugal disse...

Não votei no Chega, o Ventura ainda é demasiado moderado para mim.

Mas encaixo como uma luva no arquétipo apresentado pelo JMF. Sou filho de um casal de socialistas. O meu pai chegou a ser militante do PS. Bebi os ideais da igualdade e da redistribuição da riqueza logo na infância e sobretudo na adolescência. Cheguei até a votar no actual Secretário-Geral da ONU, de tal forma tinha sido formatado. Tudo mudou quando cheguei à faculdade e contactei, por um lado, com as "elites" instaladas, tanto professores, como alunos neomarxistas. E, por outro lado, com as tais "minorias" que supostamente nos vieram enriquecer e fazer de Portugal um país de primeira linha.

É realmente engraçado que os críticos da "extrema-direita" em que me incluem passem a vida a dizer que as pessoas como eu são ignorantes e malformadas. Pela minha experiência, é tudo precisamente ao contrário. Os elitistas podem ser os melhores nas áreas em que trabalham, mas não sabem nada, rigorosamente nada, do verdadeiro inferno em que se transformou o quotidiano de algumas pessoas. Não sabem, por exemplo, o que é ter um vizinho que não nos deixa dormir, noite após noite, porque não precisa de se levantar cedo e ir trabalhar no dia seguinte. Não sabem o que é ter de partilhar um autocarro com gente que não se lava há dias, não por falta de condições, mas por vocação anti-social. Não sabem o que é ter de andar na rua à noite constantemente a tirar as medidas a quem passa, porque podemos ser assaltados quando menos esperamos. Não sabem o que é ter de tirar os filhos da escola que frequentavam por serem sistematicamente agredidos no recreio pelos rebentos de "pobres coitadinhos fugidos à guerra". Não sabem o que é o que ser implacavelmente perseguido pela Autoridade Tributária ou pela Segurança Social só porque se falhou o prazo de um pagamento, para depois termos de ver os indigentes do RSI a rir-se nas nossas caras, ou ver o dinheiro dos nossos impostos ser gasto em festivais de cinema guei e noutras engenharias sociais sem qualquer utilidade para o país.

A conclusão a que cheguei é que é possível ser Doutor e ser burro como um calhau. Dizer seguir o método científico e ser tão dogmático como os canalhas que queimaram o Giordano Bruno e prenderam o Galileu. Tanto melhor, porque assim continuará a haver Trumps, Brexits, Bolsonaros e Venturas. Canalha por canalha, prefiro o canalha que pelo menos não me atira constantemente à cara que é melhor e mais sabido do que eu, enquanto vive à custa do meu trabalho. E pelo que se está a ver ultimamente, estou longe de ser o único a pensar assim.

Anónimo disse...

Ó meus caros!
Como eu queria elucidar estes tontos da vida!

Reparem: A ESMAGADORA MAIORIA das pessoas em Portugal é apartidária. Mesmo quando votam sempre no PCP ou no CDS. Estas pessoas querem apenas o que é melhor para Portugal e para "o povo, pá!".
Não são particularmente educadas nem querem saber muito de ideologia. Querem sentir-se representadas e querem que os de cima "ajudem" os que neles votam, as suas famílias, os seus bairros, o seu país, etc.

A ideologia em Portugal para a esmagadora maioria da população é um conjunto de frases feitas e um mal amanhado de conclusões mais ou menos manipuladas e nada esclarecidas ou congruentes.

Eu voto no Chega.
Eu por vezes votei no PSD.
A esmagadora maioria das vezes votei no CDS - quase sempre.
Votei em Paulo Portas mais vezes do que em qualquer outro candidato.
Sou da zona suburbana de Lisboa e tenho curso superior. A minha família é de classe média, mas há umas gerações, grande parte podia ser considerada "pobre" (quando 80% era pobre, suponho?).

A questão é que nunca me senti particularmente representado nem pelo CDS nem pelo Paulo Portas.
Votava com o nariz torcido na "bicha" porque era um mal menor.
Tanto eu como grande parte dos meus amigos - que eu considero uns estúpidos ou ignorantes politicamente, representantes da classe média, média alta e média baixa e até alguns pobres - bem... esses meus amigos politicamente estúpidos ou ignorantes, que votam sistemáticamente à esquerda e em socialistas "porque são do povo, pá!" estes estão também a passar em grande parte para o Chega.

Tanto melhor.
Somos jovens.
Roubaram-nos o futuro.
Destruiram-nos a pátria.
Há quem só conheça a traição e o oportunismo e seja aplaudido como um grande senhor e grande fonte de ética: Desde o senhor presidente ao senhor Primeiro Ministro.

Quem acha que os apoiantes do Chega são só os otários de sempre agarrados ao leninismo e tiradas soviéticas; ou porque querem facilidades, um tacho, ou "apoios sociais"... bem, quem assim pensa está tão enganado que vai apanhar um choque.

Em suma, os eleitores do Chega são aqueles que já perceberam que preferem viver no Portugal de há 50 anos atrás do que no Portugal de aqui a 50 anos para a frente, se as coisas continuarem neste rumo...

Os jovens "de bem" desta feita votaram na Iniciativa Liberal.
Votarão cada vez mais no Chega, ou no que vier a aparecer de similar.

A verdade insofismável que o Chega vai buscar mais votos "à direita a sério" ver-se-á na pratica desaparição do CDS e na cada vez maior incapacidade do PSD de crescer, pois o "eleitorado de direita" será cada vez mais sugado para o Chega. De tal forma que o PSD se verá a breve trecho muito mais dependente do Chega do que alguma vez esteve do CDS.

Verão, meus caros, verão...
Digo-vos mais. Grande parte da elite ou "dos bem posicionados" do e no PSD será ridicularizada.
Porquê? Porque eles assumem-se como subservientes à esquerda, sempre a tentar entrar no clube deles.

Lembram-se do "Cavaquistão"? Do "país real"? Dos "deixem-nos trabalhar" do tempo de Cavaco?
Pois bem, todos esses MILHÕES de Portugueses almejam a ser subservientes à esquerda Socialista? Querem eles ajoelhar e rebolar para terem o selo de aprovação dos Sócrates e dos Costas?
Nem o Chicão. E esse é do CDS.

A direita com representação tem sido uma direita cobarde.
Os Portugueses de direita são tudo menos cobardes e têm nojo da cobardia dos seus representantes: de Portas a qual quer um dos lideres do PSD (excepção a Cavaco, e talvez... talvez! Passos e Sá Carneiro).

Já para não falar da grande maioria de abstencionistas, que não estão para dar para este triste espectáculo da partidocracia Portuguesa.
Um partido que levante constantemente a bandeira da pátria contra a corrupção e o oportunismo xuxialista pode até conseguir bastantes votos destes abstencionistas, desejosos que estão de mostrar o dedo do meio a quem tem destruído o país nestes últimos 50 anos.

(cont.)

Anónimo disse...

(cont.)

Quanto mais o eleitor-tipo Socialista nos chama estúpidos e maus e descamisados, mais diversão e legitimidade teremos quando cancelarmos os seus 1001 subsídios, os seus empregos económicamente parasitários e inviáveis, a sua isenção de impostos ou a sua até agora imparável subida do salário mínimo enquanto se queixam da crise e nos exigem que trabalhemos mais e paguemos tudo por eles.

O eleitorzinho socialista, brevemente terá duas hipótese: Ou se junto a nós, ou faz uma espécie de guerra civil ao lado dos Mamadu Bas.

Se o senhor fosse Português e vivesse em Massamá ou na Amadora, estaria do lado de quem lhe pode oferecer uma vida digna, ou dos que o roubam e se queixam do seu inexistente racismo, lhe destroem a qualidade de vida e não oferecem qualquer acrescento económico ao país, bem pelo contrário?

Imagine-se a cancelação de todos os "artistas" de extrema esquerda que vivem à custa do Ministério da Cultura e um apoio aos artistas Pimba, à bifana, churros e farturas? Seria glorioso... por mais pindérico que fosse...

Fim,
IRF

Anónimo disse...

Esta é para o Afonso de Portugal:

1º) Parabéns pelo seu blogue. Muito bom. Deveria era afastar-se do estilo PNR, mas isso é um problema seu.

2º) O Ventura também é demasiado moderado para mim. Ele podia encaixar-se perfeitamente no PSD se falasse menos. Não interessa. É dele que o país precisa em vez de um gajo "baseado e redpilado" que vá 14/88. Primeiro, porque não se ganha nada com tal estrionismo; depois porque a população tem de ver o véu levantado lentamente. Se for rapido mais, sentir-se-á despida.
O Ventura, mesmo que seja um demagogo que quer manter o sistema socialista, como o Afonso de Portugal diz, está a fazer um serviço a Portugal absolutamente inestimável. Está a abrir a porta para a nossa salvação. Ele pode não ser D. Sebastião ou Jesus, mas pode bem ser um São João Baptista... ou abrir a porta ao tal São João Baptista. De qualquer forma, é um passo em frente que tem de ser dado e é de uma importância inestimável e que carece de grande coragem e de "capacidade" política. Devemos estar-lhe todos gratos, mesmo que com ele não concordemos.

3º) Não se ponha em bicos de pés.
Se acha que as elites são assim tão burras, então deveria ter uma grande facilidade em destroná-las. Não lhe estou a ver a ser capaz disso.
Um conselho: Foque-se mais naquilo que pode realmente fazer - como o seu blogue - do que em fantasias de perfeição política que ponha tudo na ordem num instante.

4º) Enquanto os Portugueses permitirem que aconteça aquilo que aconteceu ao motorista de autocarro... continuamos todos a ser complacentes com o socialismo.

Cumprimentos,
IRF

Afonso de Portugal disse...

Caro IRF,

Agradeço o seu comentário e elogios, mas não compreendo, muito sinceramente, o seu ponto nº 3. Desde logo porque eu não quis dizer que as elites eram burras. Eu sei que escrevi que era possível ser Doutor e ser burro como um calhau, mas o meu ponto era que as elites são deliberadamente ignorantes e canalhas em relação ao quotidiano do cidadão médio, o que é bastante diferente. Ou seja, só são inteligentes para aquilo que querem, aquilo que lhes convém. E isso, a longo prazo, pode custar muito caro a toda a gente, porque está a causar grandes fracturas na sociedade.

Também é evidente que eu não posso remover as elites do poder, pelo mesmo motivo pelo qual o desgraçado do Galileu não pôde evitar ser preso pela Inquisição: há todo um sistema montado, construído ao longo de várias décadas (ou até séculos), que não pode ser desmontando do dia para a noite, mesmo que a razão estivesse toda do nosso lado. Por outro lado, uma coisa são os jornaleiros, as comentadeiras e os “intelectuais” do regime, outra coisa é o próprio regime em si. Quando eu falo em ignorância, não me refiro aos donos disto tudo, refiro-me única e exclusivamente aos seus lacaios.

Aliás, eu ganhei muitos inimigos no movimento nacionalista precisamente por ser contra a ideia de revoluções armadas, por recomendar que as pessoas se instruíssem e usassem as mesmas armas dos donos disto tudo: contra-informação, retórica, difusão massiva de propaganda e, sobretudo, infiltração institucional. Parece-me, com o devido respeito, que o caro IRF não me conhece muito bem: a estratégia que eu preconizo é a reversão da grande marcha gramsciana pelas instituições, o combate cultural por excelência, não é a tomada do poder pela força, muito menos o confronto directo com as elites. Eu sei perfeitamente que os nossos problemas não se vão resolver do dia para a noite, pelo contrário. A situação a que chegámos foi criada o longo de muito tempo, por pessoas que foram muitíssimo inteligentes e que tiveram muito mérito na sua visão a longo prazo. Não se desfaz uma construção desta dimensão no espaço de uma geração, aliás, nem no mesmo no espaço de duas ou três gerações.

Concordo no entanto com os outros pontos do seu comentário, sobretudo no que respeita ao André Ventura. E agradeço novamente o seu comentário, que me parece ter sido escrito com boas intenções.

Cumprimentos,
AdP

Anónimo disse...

Caro Afonso de Portugal,

Quanto ao meu 3º ponto, talvez tenha sido infeliz.
Permita-me esclarecer: Gosto muito do seu blog e acho-o uma mais valia. No entanto não gosto da linguagem que por vezes usa. Não gosto de certas "teorias da conspiração" que para mim não fazem muito sentido.

E o pior de tudo é que o seu blog seria muito melhor se servisse de plataforma para pessoas "normais" "anti-nacionalistas" por pura ignorância.
Ou seja, creio que uma pessoa que "um normie" deveria entrar no seu blogue e encontrar uma "plataforma" mais acolhedora.
O seu blogue não deveria afugentar logo a partida este tipo de pessoas mas deveria cativá-los e fazê-los pensar.
Daí ter dito para se focar mais naquilo que pode fazer - e que tem feito muito bem - o seu blogue.
(Tenho também ido espreitar o seu GAB mas não vi muita coisa...)

Quanto ao pôr-se em bicos de pés, fiquei com a impressão que dizia que "as elites" são uns burros. Óbviamente não é esse o caso.

Eu acho que o cidadão médio é mais ignorante relativamente aos planos de certas "elites" do que estas elites são ignorantes quanto ao quotidiano daqueles.
Simplesmente não querem saber.
O que é muito inteligente, pois até agora as consequências que sofreram foram mínimas e irrisórias.

As fracturas na sociedade são boas.
Mais vale uma sociedade fracturada que uma sociedade uniformemente socialista e a caminho do suicídio colectivo no seu todo.

Ai ai...
O Galileu se fosse mais humilde safava-se.
Nós, Eu, o Afonso... talvez possamos mudar o regime. Mas certamente que qualquer pessoa pode infligir um dano ao regime de tal forma brutal que ele se virá muito enfraquecido.
Lá chegaremos, muito à custa da conjectura internacional...
Não me parece que o sistema montado seja difícil de desmontar.
Afinal, foi praticamente uma cambada de bêbedos comunistas que o montou através de um golpe de estado ridículo.
Afinal, o que mantém o regime coeso são apenas duas coisas:
1ª) O quase unânime consenso entre os "Portugueses médios" que esta República Socialista é que é a melhor coisa do mundo, apesar de tudo o que tenha de mau.
2º) As abébias vindas da União Europeia e consequente "aprovação superior" das "elites" e do regime na mente dos "Portugueses médios".
Enquanto estas duas premissas se mantiverem e forem consensuais entre o zé povinho, assim continuará.
Este é o regime. O Português médio é o regime.
O resto é um castelo de cartas.
Acrescento mais um ponto estrutural do regime:
3º) A ausência de uma alternativa séria e congruente. Esta será mais difícil de montar. Muito porque a "oposição" ao estado de coisas é quase nula e muitíssimo fragmentada.

(cont.)

Anónimo disse...

(cont.)

Mais uma crítica a si, caro Afonso de Portugal:
Não gosto da forma como fala de "elites".
Isto não é os Estados Unidos, não temos aqui os mesmos (((senhores))).
Acho que as elites Portuguesas são heterogéneas o suficiente. E que muitos, a seu tempo, estarão do nosso lado.
Afinal aqui também perdem mais do que ganham.
Afinal, hão de ser forçados a escolher entre "nós" e o socialismo das nacionalizações e dos ricos-que-paguem-a-crise.
É só uma questão do tempo.

Existe sim, em Portugal, um grupelho relativamente extenso de traidores à pátria bem organizados, globalistas que recebem ordens do exterior. Mas estes não são toda "a elite". Duvido até que cheguem a metade.
No meu entender, estes encontram-se mais na classe média-alta do que entre os ricos.
No meu entender, muitos destes há uma geração ou até mesmo na sua própria origem se encontravam na pobreza.
Mas isto não é os Estados Unidos.

As Jornaleiras, comentadeiras e intelectuais do regime - apesar de não serem donos disto tudo - são, no meu entender, dos mais perigosos.
Porque recebem ordens directamente do tal grupelho de traidores organizados;
E porque passam à população a ideia de que são "éticamente superiores" e "a elite". E se não são postos no seu sítio e reduzidos à sua devida insignificância - o que geralmente não acontece 99% das vezes - então passam a ser mesmo éticamente superiores e a "elite" na mente dos Portugueses médios.
E assim, a partir desse momento, as elites verdadeiras do país não têm como não ir atrás destes, pois tal seria "anti democrático" ou "perderiam a legitimidade" ou "o prestígio público" ou o que fôr...

Cumprimentos,
IRF

Anónimo disse...

Quanto ao seu terceiro parágrafo...
acho que o conheço - através do seu blogue - bem o suficiente.
Não me parece que o PNR seja nacionalista "a sério".
Da mesma forma como o CDS não me parece nacionalista "a sério".

Concordo plenamente com a sua "estratégia".
Discordo quanto à abstenção de confronto directo com as "elites". Aqui leia-se elites como o Partido(s) Socialista(s) e organizações associadas como o SOS racismo.

Discordo que o nosso regime (esta III República) tenha sido criada por pessoas particularmente inteligentes.
Claro que havia lá pelo meio pessoas inteligentes, mas não me parece que o conjunto tivesse sido particularmente dotado dessa qualidade.
Também não me parece que em Portugal tivessem tido grande mérito quanto à visão a longo prazo.
Isso são importações baratas do exterior.

Acho que do dia para noite se pode fazer uma diferença enorme. Vai, aliás, acontecer. Caso contrário em breve seremos mais pobres que Marrocos e estaremos com uma guerra civil em mãos.

Sem o Reino Unido, Portugal é ultra periférico e irrelevante para Paris e Berlim, que não se preocupam muito com a economia mas sim criar um super estado para que possam chegar a super potências.
O 2º pilar do regime - As abébias da U.E. - está prestes a colapsar, não vai durar para sempre e o Português Médio vai começar a perceber que Bruxelas não é tão "amiga, pá!" quanto julga.

O que será visto como uma traição pela esmagadora maioria dos Portugueses Médios que têm já uma ligação forte a Bruxelas e se acham bons alunos e muito gratos e dispostos a fazer sacrifícios por Bruxelas.

Será bem feito. Aprenderão a respeitar a pátria. Aprenderão a importância de ter uma Nação.

Cumprimentos,
IRF

Continue o bom trabalho no seu blogue.
Tenha em mente que velhotes aqui como o senhor dono deste blogue nunca nos aceitarão. Preferirão os próprios Socialistas e transformar Portugal num Brasil, Cabo Verde, Marrocos ou Guiné do que dar a mão à palmatória e entender que falharam na sua experiênciazinha de dar legitimidade política aos nojentos socialistas.
Isto mesmo que concordemos em 95% das matérias.

Graças a Deus, morrerão nas próximas duas décadas.