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07/11/2012

Delírios megalómanos incontornáveis

Jerónimo de Sousa, de quem se esperaria ser um sujeito sensato com os pés na terra, parece ser levado, uma vez ou outra, pela doutrina mal assimilada a ter delírios megalómanos. Foi agora o caso ao propor limitar os juros da dívida pública a 2,5% das exportações.

Trilema de Žižek
A argumentação é irresistível. Segundo o líder comunista, a despesa com os juros da dívida pública será de 7,2 mil milhões de euros ou 4,3% do PIB, ou seja «quase o dobro do valor de todas as prestações sociais e o equivalente ao previsto para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais do dobro do que os gastos com a educação», pelo que negociação com os credores «é crucial, é incontornável».

Vamos esquecer as contas erradas (por exemplo a educação pesa o praticamente o mesmo do que os juros e não metade), questionemos apenas o que se passa nas meninges do líder comunista que acha incontornável o preço do dinheiro emprestado pelos nossos credores dever basear-se nas nossas exportações ou nas nossas pensões e subsídios de desemprego ou em quaisquer despesas que fazemos financiadas com o dinheiro que eles nos emprestam.

1 comentário:

Anónimo disse...

Jerónimo de Sousa chega ao banco e diz "Chamem o gerente". O gerente senta-se numa sala de reuniões com Jerónimo de Sousa, e este começa: "Caro senhor, vim ao seu banco por 2 motivos. O primeiro é para avisar que não vou pagar o empréstimo que me fizeram. O segundo é para pedir mais dinheiro emprestado".

jem