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01/07/2011

DIÁRIO DE BORDO: So far not so good (4) - o Alvarinho de Viseu

Está escrito nos manuais. Num país colectivista com uma grande distância hierárquica onde o respeitinho é muito bonito, uma estratégica de comunicação baseada num informalismo formal (*) só pode dar mau resultado. O que conseguiu Álvaro Santos Pereira com a sua obsessão mediática e esforço promocional para ser popular e reduzir distâncias (Senhor ministro? Tratem-me por Álvaro)? Conseguiu em poucos dias ascender ao 37.º lugar «mais poderoso da economia portuguesa», um ranking ridículo do Negócios, com o petit nom de «Alvarinho de Viseu» que «tem um super-Ministério nas suas mãos. Mas (não se sabe se) será um super-ministro

Arrisca-se a ninguém mais o levar a sério. E não me venham dizer que é a falta de experiência ou o perfil demasiado técnico. Vejamos um exemplo conhecido e politicamente incorrecto: António Oliveira Salazar, o Botas, com uma carreira exclusivamente académica chegou ao governo como ministro das Finanças com menos 2 anos do que o Alvarinho e a primeiro-ministro 7 anos depois. A falta de experiência política e até de vida não o impediu de perceber como funciona a alma portuguesa, nem o impediu de escolher as atitudes adequadas ao tempo em que vivia e ao seu propósito.

Renovo os votos para que ASP, passadas as excitações preliminares, se concentre nas externalidades que dependem do Moloch estatal.

(*) A definir no Glossário quando tiver pachorra.

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