Não percebo a admiração. Nada mais natural do que o presidente da República condecorar os U2 com a Ordem da Liberdade antes do concerto a que vai assistir.
Primeiro, porque no estado actual das finanças públicas é melhor desperdiçar uma medalha do que torrar os 500 euros que podem custar na candonga os bilhetes para o concerto.
Segundo, porque quem já deu centenas de medalhas (ou talvez mais de um milhar) a quase outras tantas nulidades anónimas, pareceria mal não aproveitar a vinda de rapazes tão mediáticos para lhes pendurar a lataria no peito.
Terceiro, porque se um editorial de Los Angeles Times já tinha proposto o Bono Vox para presidente do Banco Mundial porque raio não haveria o doutor Sampaio de prantar-lhe a medalha. A propósito, recorde-se que quem acabou por tirar o lugar ao Bono foi Paul Wolfowitz, neo-con e cúmplice do fuehrer ianque.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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