Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

11/07/2022

Semanário de Bordo da Nau Catrineta comandada pelo Dr. Costa no caminho para o socialismo (22a)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa». Outras edições do Semanário de Bordo.

A mão amiga do amigo do Dr. Costa sempre pronta a ajudar os empresários do regime

Do fundo de capitalização das empresas, parte do PRR, de 1.300 milhões para distribuir por 1.300 empresas, 40 milhões foram directos à holding do Sr. Mário Ferreira, dono da TVI, que soube-se agora também está envolvido num caso de fraude fiscal na venda do navio «Atlântida», um case study do pântano socialista que entre os vários suspeitos do costume começou por envolver o Dr. Carlos César e o Sr. Eng. Sócrates (pode ler-se a saga do «Atlântida» no (Im)pertinências). Sem surpresa, o Dr. Lacerda Machado é administrador da empresa beneficiária da capitalização pelo fundo. Qual Dr. Lacerda Machado? Sim, esse mesmo. O da compra dos helicópteros Kamov e da compra da VEM em que a TAP torrou 1.200 milhões, e mais tarde também administrador da TAP.

O Estado sucial como máquina de extorsão

A sanha dos governos socialistas para extorquir os contribuintes é tão tão intensa que iniciam processos de contencioso fiscal como quem dispara caçadeiras sobre passarinhos. Deve ser por isso que só ganha a arbitragem menos de um quarto (23%) dos processos.

Paz sucial

Depois de um primeiro mandato tranquilo, o Dr. Costa enfrenta agora uma conflitualidade sindical aguda ao nível dos máximos de 2015, o último ano do governo de Passos Coelho, esse grande inimigo do povo trabalhador. É o resultado da necessidade dos comunistas depois do desastre eleitoral apresentarem prova de vida, coisa que farão com entusiasmo e com as velas enfunadas por uma inflação persistente.

«Empresa Financeiramente Apoiada Continuamente (pelo) Estado Central»

A EFACEC, nacionalizada por um governo do PS que sucedeu a outro governo do PS que havia facilitado a entrada de Isabel dos Santos na empresa por não se poder deixar falir uma das poucas empresas portuguesas que fabricava maquinaria eléctrica pesada, foi finalmente vendida em Abril ao grupo DST (para pré-fabricar construção modular, acreditem). Não deveria ser novidade para ninguém que se tratava de mais uma manigância que até a DGComp em Bruxelas percebeu tratar-se não de um negócio de venda da EFACEC mas de um auxílio do Estado à DST. Como se fosse pouco, ficou também a saber-se que a DST «açambarca 1/4 do PRR para as empresas».

«A educação é a nossa paixão»

Ano após ano, as escolas públicas afundam-se nos rankings. O ano passado a escola pública melhor classificada ficou no 49.º lugar. Perante o desastre o que faz a nomenclatura socialista? Defendem que deveriam ser abolidos os rankings, explicam que os melhores resultados do ensino privado resultam de prodigalidade nas notas atribuídas e desculpam-se que não há controlo do ministério da Educação. No final, todos os apparatchiks socialistas que têm possibilidade matriculam os filhos nas escolas privadas.

Na endoutrinação as escolas públicas são imbatíveis

Se houvesse dúvidas de que a paixão da esquerdalhada pela educação não tem por objecto questões menores como a literacia e a numeracia e se concentra na "Educação para a igualdade de género" e "Educação para a saúde e sexualidade", veja-se o esforço do Ministério Público para obrigar os filhos da família Mesquita Nunes a serem endoutrinados nessas matérias com prescrições que a família rejeita em domínios em que o Estado não tem de se intrometer. Por acaso, a Constituição até prescreve no seu artigo 36.º que «os pais têm o direito e o dever de educação e manutenção dos filhos» e no artigo 43.º que «o Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer diretrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas».

(Continua)

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