Até 1989 a Finlândia adoptou uma política de discriminação positiva na formação dos professores do ensino primário fixando uma quota mínima de 40% para os homens para equilibrar a distribuição por sexos numa profissão onde tendencialmente as mulheres representavam a grande maioria. Daí resultou que, apesar das mulheres terem em média notas mais altas, muitas foram preteridas por homens para atingir a quota mínima.
Três décadas depois Ursina Schaede e Ville Mankki da universidade de Turku realizaram um estudo publicado em Abril (Quota vs quality? Long-term gains from an unusual gender quota) que acompanhou mais de 800 mil crianças que entraram nas escolas primárias entre 1988 e 2000, separando os alunos que tiveram professores femininos não sujeitos à quota e professores masculinos, e chegaram à seguinte conclusão:
«Pupils exposed to a higher share of male quota teachers during primary school transition more smoothly to post-compulsory education, have higher educational attainment, and labor force attachment at age 25. Pupils of both genders benefit similarly from exposure to male quota teachers. Our findings are consistent with the quota improving the allocation of talent over the unconstrained selection process. »
O estudo sugere que os professores masculinos seleccionados pela quota obtiveram melhores resultados do que os professores femininos com médias comparáveis, por razões que podem estar relacionadas com a maior proporção de professores masculinos que falavam o finlandês como língua materna ou terem estudado matemática. Seja como for, as conclusões do estudo contrariam duas ideias populares: (1) a de que a discriminação positiva tem sempre consequências negativas e (2) não há diferenças de desempenho entre homens e mulheres.
1 comentário:
Texto atabalhoado,o que é um professor feminino? No tempo da normalidade eram professoras! Não andas no genero não...
Basilio dos swartos
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