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22/10/2020

Pro memoria (405) - Lembram-se do rasgar de vestes e das ondas de indignação da esquerdalhada por causa da austeridade que a governação socialista tornou inevitável?

«Em 2017 escrevi um artigo no qual dizia que a austeridade fiscal iria abrandar a economia portuguesa e que eu faria as coisas mais lentamente. E estava errado. As coisas acabaram por ser melhores por duas razões: a austeridade não foi tão forte como a retórica e Portugal teve sorte porque teve um crescimento muito maior do que se estava à espera, em parte porque as exportações foram muito maiores do que o que estava nas previsões. Acabou por correr tudo bem. Mea culpa por ter sido demasiado pessimista em 2017. Vocês saíram-se melhor do que eu pensava.» 

Disse recentemente Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI entre 2008 e 2015, num debate online sobre o plano de recuperação europeu. Sendo a honestidade uma qualidade de baixa ocorrência entre o homo politicus portucalensis, se esperais o reconhecimento do que Blanchard disse por parte dos detractores do governo que aplicou a receita tornada indispensável pela trupe socialista do Sr. Eng. Sócrates, da qual encontramos vários espécimenes nos governos do Dr. Costa, a começar pelo próprio, esperai não sentados, mas deitados.

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