O vandalismo sobre a estátua do Padre António Vieira a pretexto de ser um símbolo do colonialismo está a despertar indignação de gente instruída pelo facto de ser um homem de letras piedoso, defensor dos índios e porventura menos colonialista do que qualquer outro súbdito de Suas Majestades Filipe II, Filipe III, João IV, Afonso VI ou Pedro II que reinaram durante a longa vida da criatura.
É indignação mal gasta. Nenhum dos burgessos semi-analfabetos que arremeteram contra a estátua teria seguramente a menor das ideias de quem seria o alvo dos seus ódios açulados por activistas com um ou dois neurónios. Provavelmente teriam-no feito com outra qualquer estátua à mão de semear.
É claro que, por trás dos burgessos há activistas e por trás destes haverá catequistas possuídos pela obsessão omnipresente nas meninges de todo o radical que se vê como revolucionário de reescrever a história. Obsessão que George O., que conhecia de ginjeira essa gente, traduziu pela vontade de controlar o passado, para controlar o futuro.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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3 comentários:
Dizeis bem: G. Orwell é que os conhecia de ginjeira. Não é doença de agora.
O homem foi comunista e andou [com a mulher] na guerra civil de España. Ali e então, os camaradas quiseram matá-los. Safaram-se a tempo e ele escreveu as duas grandes bíblias do anti-comunismo.
Abraço
O autor deste blogue pergunta-se muitas vezes os motivos que levaram tantos norte-americanos a eleger Donald Trump. Esta sua posta contém a resposta ou, pelo menos, grande parte dela. Quantas pessoas afectas ao Partido "Democrata" condenaram os protestos/motins das últimas semanas? E por cá, quantos dirigentes do PS e do BE condenaram o que foi feito à estátua do Padre António Vieira?...
É que podemos considerar tudo isto irrelevante mas, ao ritmo que os acontecimentos se sucedem, hoje são estátuas, as bandeiras nacionais e o património nos museus, amanhã serão os nossos empregos, habitação e acesso ao ensino (via acção afirmativa) e depois até os nossos pescoços! Fantasia? Exagero? Nos EUA já há quem sugira a criação de contas bancárias para transferir dinheiro dos brancos para os negros sob o pretexto de fazer reparações pela escravatura! E não vejo ninguém, exceptuando talvez o sobejamente diabolizado deputado André Ventura e outros membros da “pavorosa extrema-direita” preocupados com o que se está a passar…
Isto não vai desaparecer. Estes activistas do apagamento selectivo da História vieram para ficar. E se não lidarmos com eles agora, vamos certamente pagar caro no futuro…
Afonso de Portugal,
Escreveu bem: temos que lidar com pulhas, com reles e com criminosos.
Valham-nos vários Lidadores.
ao
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