Finalmente, veio a ser pública a quarta carta que o ex-ministro das Finanças Campos e Cunha escreveu a José Sócrates explicando as razões porque pedia a demissão, razões que são um libelo à governação socialista e, por inerência, à dúzia de acólitos do animal feroz que ainda por aí circulam. A começar pelo actual primeiro-ministro Costa (o "merdas sem tomates", segundo Sócrates), Santos Silva (actual ministro dos Negócios Estrangeiros), Vieira da Silva, homem para toda a obra, a continuar com Freitas do Amaral, um socialista frustrado, e muitos outros, e a terminar com Teixeira dos Santos, o sucessor de Campos e Cunha que foi apanhado em mais uma mentira ao fazer um depoimento a limpar a folha do chefe, assumindo a responsabilidade por nomear Vara contra a vontade do chefe, uma semana antes de ser pública a carta de Campos e Cunha esclarecendo que a razão principal para se demitir foi a pressão de Sócrates para que nomeasse Vara. É o esgoto socialista em todo o esplendor.O cobrador do fraque do Estado Sucial
O Estado Sucial ocupado pela geringonça que nos assalta na rua para extorquir impostos, que nos quer impor uma dieta e controlar os nossos hábitos e gostos, é o mesmo Estado Sucial que não sabe o paradeiro de 170 obras de arte à sua guarda, incluindo quadros de Vieira da Silva e Júlio Pomar, José de Guimarães, Malangatana e muitos outros.
Estado Sucial Simplex
O mesmo Estado Sucial que substituiu um sistema simples de utilização via Web dos serviços públicos com o registo no respectivo sítio, por um sistema simplex que requer um Cartão de Cidadão que tem de ser renovado cada 2 anos e um leitor de cartões para obter uma chave móvel digital para ter o acesso que tinha o registo e uma palavra-passe. Um Cartão de Cidadão que, para o obter ou renovar, é preciso agendar com dois meses de antecedência ou esperar 22 horas numa fila.
A página a seguir à austeridade
O mesmo Estado Sucial que o ano passado cobrou mais 2 mil milhões de euros do que o orçamentado, gastou menos 170 milhões em juros devido às taxas mais baixas, e em contrapartida investiu menos 612 milhões nos serviços públicos à beira da ruptura e torrou mais 1,5 mil milhões do que o previsto a tapar os buracos da banca e das empresas públicas.
Determinado a que nada falte à freguesia eleitoral, pela mão do Ronaldo das Finanças, «o governo começou o ano a “guardar” um total de 1.073 milhões de euros (entre cativos e reserva), dos quais ao fim de 5 meses apenas libertou 98 milhões. Tudo isto, apesar da receita fiscal este ano ter aumentado quase 900 milhões de euros atingindo um novo recorde.
Cuidando da freguesia eleitoral
Se por um lado cortou, por outro lado Centeno pagou mais 300 milhões do que o previsto nos salários dos funcionários públicos, a sua freguesia eleitoral, salários que desde 2016 aumentaram 1,4 mil milhões.
O caso dos juízes, que vão poder ganhar mais do que o primeiro-ministro, por proposta do CD-S (o terceiro partido mais socialista), é muito mais do que cuidar da freguesia, é cuidar do futuro de quem se deixe ser embrulhado em maçadas para as quais dá muito jeito ter a benevolência de um juiz.
É claro que, sem dar por isso, pode ter sido aberta mais uma caixa de Pandora: o sindicato dos magistrados do Ministério Público quer que o princípio do “paralelismo das carreiras” seja aplicado no novo estatuto da profissão.
Um exemplo desta preocupação pelo bem-estar da freguesia é dado pela Segurança Social que estando em ruptura, com meses de atraso no processamento dos pedidos de reforma, dispõe do director "Zé das Festas", um protégé do presidente, que organiza eventos para os funcionários em horário de serviço.
O caso dos juízes, que vão poder ganhar mais do que o primeiro-ministro, por proposta do CD-S (o terceiro partido mais socialista), é muito mais do que cuidar da freguesia, é cuidar do futuro de quem se deixe ser embrulhado em maçadas para as quais dá muito jeito ter a benevolência de um juiz.
É claro que, sem dar por isso, pode ter sido aberta mais uma caixa de Pandora: o sindicato dos magistrados do Ministério Público quer que o princípio do “paralelismo das carreiras” seja aplicado no novo estatuto da profissão.
Um exemplo desta preocupação pelo bem-estar da freguesia é dado pela Segurança Social que estando em ruptura, com meses de atraso no processamento dos pedidos de reforma, dispõe do director "Zé das Festas", um protégé do presidente, que organiza eventos para os funcionários em horário de serviço.
Desta vez foi o ministro do Ambiente a anunciar que haverá dedução do IVA da gasolina para híbridos - se o PS vencer as legislativas. Quanto à boa nova já várias vezes anunciada que no futuro seria diferente e teríamos em canto da floresta um meio de combate aos incêndios, pode ser anunciada ainda mais vezes porque o futuro ainda não chegou e por agora «dos 60 meios aéreos previsto no dispositivo só estão disponíveis 27».A família socialista tem imenso jeito para o negócio
A semana passada confirmou - desnecessariamente, diga-se - o talento socialista para os negócios de família: «filha do presidente do IPO do Porto terá sido escolhida como chefe de gabinete na Câmara de Matosinhos como contrapartida: IPO fez contratos com empresa da mulher do autarca de Santo Tirso»; o mesmo autarca «falou com mais quatros autarcas para contratarem a sua mulher e intercedeu junto do Governo do PS em favor do líder do IPO do Porto».
A vida para além do orçamento
Apesar de todos os cortes e cativações, e graças à generosidade no tratamento da freguesia, segundo o relatório do Conselho das Finanças Públicas, o ano passado o governo reduziu o défice estrutural apenas o estritamente necessário para cumprir os compromissos com a CE, ultrapassando significativamente o limite para o aumento da despesa que era de 0,1% e atingiu 0,5% do PIB. O CFP conclui também que «dois terços da melhoria do saldo estrutural se ficarem a dever à diminuição dos encargos com juros», ou, dito de outro modo, se não fosse a conjuntura particularmente favorável dos mercados, não haveria consolidação fiscal.
Celebrando 30 anos do massacre de Tiananmen
Por coincidência, a emissão foi a poucos dias do trigésimo aniversário do massacre de Tiananmen que o ministro da Defesa chinês classificou ontem como «uma turbulência política e o Governo central tomou medidas para acabar com essa turbulência, o que foi a política correcta»
O crescimento é "poucochinho"
Enquanto a imprensa oficial continua a celebrar a aparente retoma do crescimento no primeiro trimestre, que se ficou a dever sobretudo ao investimento numa economia descapitalizada e ao consumo, com as exportações a marcar passo e, em consequência, a produção industrial a continua a cair. Salva-nos, por agora, o turismo ainda que, também neste sector, as notícias não sejam muito animadoras: a taxa de ocupação dos hotéis continua a descer, 1,2 pp em Março e 1,7 pp no trimestre.
E as notícias a respeito das perspectivas de crescimento também não são boas: Portugal foi o país europeu que mais desceu (6 posições) em 2018 no ranking competitividade do IMD World Competitiveness Center.
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